A Empresa Municipal de Águas e Saneamento de Itabuna (Emasa) foi encontrada, no inicio de dezembro passado, praticamente sem comando por sua diretoria tê-la abandonado, em situação pré-falimentar e com falta de produtos químicos para tratamento d’água. O relato foi apresentado pelo seu presidente Ricardo Campos Pereira, ao lado do prefeito Claudevane Leite, durante entrevista coletiva à imprensa realizada no Gabinete do Prefeito, no Centro Administrativo Firmino Alves, na manhã desta quarta-feira 16. O prefeito falou de sua preocupação em soerguer a Emasa que éa mais importante empresa de saneamento ambiental das regiões Sul e Extremo – Sul do estado. Vane afirmou que a recuperação da concessionária municipal foi um dos compromissos que assumiu durante a campanha eleitoral. “Dentro de pouco tempo, demos demonstração de que a Emasa é viável. Estamos a apenas 15 dias de gestão e muito do que foi feito pela diretoria da empresa nos dá certeza de nossa decisão”, declarou. Vane também disse que a empresa fará os investimentos necessários à ampliação da distribuição de água tratada, já que a oferta de água bruta está em níveis satisfatórios.
Atualmente são necessários para atender a população de 204 mil habitantes de Itabuna 33.252 m³/dia. A Emasa produz 59.280 m³ de água. Cerca de 50% se perde do na rede de distribuição – falta micromedição com hidrômetros nos domicílios, vazamentos, ligações indevidas, etc. Já o consumo per capta é de 163 litros/habitantes /dia. Como medidas saneadoras, o presidente anunciou o fim do turnão, determinando horário comercial, a redução do quadro de pessoal de 462 para 317 colaboradores, o que representa economia de 50 % da folha de pagamentos, que diminuiu para pouco mais de R$ 600 mil ante R$ 1,3 milhão em dezembro. Além disso, reduziu a frota locada de 46 para 32 de veículos, reativou o telefone de serviço 08000-73-1195 e colocará a serviço dos usuários e consumidores nos próximos dias o site da empresa. Outra importante decisão nos primeiros dias de janeiro foi o pagamento dos salários atrasados de novembro e dezembro. Até o dia 20 desse mês será pago o 13º salários dos funcionários, que têm a garantia de receber os salários de janeiro até o quinto dia útil de fevereiro. A Emasa também está providenciando a regularização do recolhimento dos encargos atrasados (INSS, FGTS, etc.) e faz levantamento dos precatórios trabalhistas. Segundo Ricardo Campos, a grave situação da empresa obrigou a equipe de transição a, praticamente, assumir gestão da Emasa, no início de dezembro, pelo risco de a população não dispor de água tratada durante as festas de fim-de-ano. “Tivemos de negociar com fornecedores a compra de insumos essenciais ao tratamento de água e assumimos as rédeas da empresa, com salários de novembro e dezembro e 13° salários, além de períodos de férias dos funcionários e encargos em atraso. A situação era pré-falimentar”, sentenciou. Além de desestruturada, a empresa contava mais de 460 funcionários e 140 cargos comissionados, cujos detentores recebiam salários absurdos e muitos dos quais sequer compareciam ao trabalho, o que elevou a folha de pagamentos a R$ 1,3 milhão mensais. A Emasa acumula dívidas de R$ 20 milhões com a Coelba pelo fornecimento de energia às suas estações e também deve cerca de R$ 1,3 milhão à Faelba pelo aluguel do imóvel de sua sede em atraso há oito anos. Na oportunidade, o prefeito Vane, que estava acompanhado do vice-prefeito e secretário municipal de Planejamento e Tecnologia, Wenceslau Augusto Junior, anunciou os novos diretores da Emasa. O engenheiro agrônomo Geraldo Porto Dantas assume a diretoria administrativa; a engenheira civil Elzita Vidal, a diretoria técnica e sargento PM David Pires, a diretoria financeira.
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