Em uma operação de fiscalização surpresa nesta segunda-feira (14), em parceria com a Secretaria de Administração da Bahia (Saeb) e Procuradoria-Geral do Estado (PGE), o secretário de Saúde, Jorge Solla, flagrou a ausência de nada menos que metade dos médicos escalados para dar plantão no Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana. Em contato com o Bahia Notícias, o titular lamentou o fato e prometeu adotar medidas rígidas para coibir o excesso de faltas dos profissionais da rede. "Eles vão tomar falta, terão a perda proporcional financeira e abertura de processo administrativo para apurar o absenteísmo", disse Solla, ao completar que, a partir de fevereiro, haverá registro de presença por meio de crachás e ponto digital. "As medidas estruturais já estão sendo avalizadas. Estamos com todos os equipamentos instalados. Não adianta ser só crachá ou ponto digital. Tem que ser os dois ao mesmo tempo", salientou. Inspeção semelhante foi realizada na última sexta (11) em Salvador, no Hospital Manoel Vitorino, onde foi constatado um índice de ausência elevado, de 30%, porém menor do que o verificado em Feira. O secretário explica porque as inspeções não são mais avisadas com antecedência. "A ideia é reforçar a necessidade de garantia das escalas. Temos que apertar mais o cerco em relação ao absenteísmo. Temos grande investimento na estrutura física das unidades. São mais de 8,6 mil concursados em seis anos de governo Wagner. Nós estamos pagando os melhores salários da Bahia. Os profissionais de enfermagem, por exemplo, ganham no início da carreira o dobro do que é pago pela iniciativa privada e trabalham menos, 30h contra 40h a 44h da rede particular. O sonho de todo profissional de saúde é trabalhar na rede da Sesab", apostou. Nesta terça (15), Solla estará em Jequié, mas para a abertura de um pronto-atendimento, em parceria com a prefeitura local, para ampliar a assistência à dengue. A cidade do sudoeste é que possui o maior número de ocorrências da doença no estado.
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