Durante a solenidade de inauguração do Laboratório Central de Brumado (Lacen), foi realizado um manifesto promovido pelos professores da cidade. “Não importa que ele (Jorge Solla) seja da área de saúde, ele é parceiro do governador, e como Wagner não veio ele carrega as vaias e o apitaço e entrega ao chefe”, disse um professor que participou da manifestação. Com a ausência do governador Jaques Wagner (PT), o alvo principal dos manifestantes seriam os deputados estaduais José Raimundo (PT) e João Bonfim (PDT), mas os mesmos não fizeram uso da palavra. “Eles são traidores e votaram contra os professores. Se tivessem falado iriam levar uma grande vaia dos professores”, desabafou a professora Lúcia Oliva. Em entrevista ao Brumado Notícias, o deputado José Raimundo falou sobre a greve, que já dura 65 dias. “Em dezembro, nós votamos e aprovamos o reajuste, mas infelizmente naquele mesmo período ocorreu um fato inesperado, em que o Senado e o Congresso Nacional não aprovaram a lei que estava reajustando o piso pelo IPC. O reajuste ocorreu então pelo FUNDEB e isso deu uma diferença grande. Quando o governo sentou para negociar, a APLB não aceitou e veio a greve”, explicou. O parlamentar frisou que o momento é de tensão, mas também disse que ele está na torcida para que as negociações sejam retomadas, pois considera que a maior prejudicada é a educação. Para José Raimundo, a greve tomou rumos radicais, mas retornando às aulas as negociações têm grandes chances de continuar. Quanto ao seu voto, o deputado não refutou, mas contou que seguiu orientação da base governista. “Não vou mentir, eu sou da base do governo e votei de acordo com a base. Foi seguindo a uma orientação da liderança majoritária que eu votei”, concluiu.
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