O Itamaraty enfrenta pela primeira vez em sua história, a partir desta segunda-feira (18), uma greve dos servidores. Oficiais e assistentes de chancelaria e até alguns diplomatas, de acordo com o sindicato da categoria, decidiram pela paralisação após uma assembleia em Brasília que contou com a participação, via redes sociais, de funcionários de fora do País. Segundo o jornal Estadão, pelo menos 60 postos no exterior, entre o atendimento consular em Paris, Roma, Londres, Nova York, Los Angeles e Washington serão afetados. Às vésperas das férias de julho, o problema pode repercutir diretamente nos milhares de brasileiros que devem viajar para o exterior nos próximos dias e nos estrangeiros que pretendem vir ao Brasil. O Itamaraty admite que durante o período da greve, o trabalho poderá ficar mais lento e terá que ser assumido pelos diplomatas. De acordo com o SindItamaraty, que representa todas as categorias de servidores do chamado Serviço Exterior Brasileiro, o que os funcionários reivindicam é a equiparação com os salários mais altos das carreiras de Estado. No caso dos diplomatas, os vencimentos subiriam dos atuais R$ 12.960, em início de carreira, para os R$ 13,6 mil de um auditor fiscal. O salário final passaria de R$ 18.470 para R$ 19.689, vencimentos equivalentes aos de um delegado da Polícia Federal. A greve é por tempo indeterminado, mas uma nova assembleia foi marcada para esta sexta-feira (22) com a intenção de avaliar alguma proposta do Ministério de Planejamento, se houver. BN
Nenhum comentário:
Postar um comentário