Em Pernambuco, são 70 os municípios que vivenciam problemas já expressos em alguns números da Secretaria Estadual de Agricultura: na maioria desta área a redução das chuvas foi em média de 75% – chegando até 92% em alguns – e a maioria dos açudes localizados no sertão está com 30% da sua capacidade.
A falta de chuva provocou a perda de 370 mil toneladas de grãos. Nos cem primeiros dias deste ano, o número de animais vendidos para fora do Estado é 73% maior que o do mesmo período do ano passado.
Ele reforça o que diz o governo: pelo menos por enquanto a população atingida pela seca não passa fome. “Passa necessidade” afirma ele. O Bolsa Família chega para 850 mil famílias no agreste e no sertão. Os carros pipas – única fonte de abastecimento d’água – voltaram a povoar a região semiárida. Ranílson Ramos afirma que o Estado precisa de 1,5 mil deles para atender as comunidades afetadas pela falta d’água. Por enquanto, são 1,1 mil rodando pela região – 600 deles do governo estadual e o restante do Exército e de prefeituras.
Os recursos anunciados pelo governo federal para minorar a agonia dos que vivem no semiárido nordestino – de liberação de crédito ao Bolsa Estiagem – ainda não se concretizaram. Organizados pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco (Fetape), sindicatos têm mobilizado pequenos agricultores em protestos exigindo rapidez na efetivação das medidas e a participação da sociedade civil nos comitês de combate à seca. Informações da Agência Estado. (Foto: Pedro Oliveira / Tribuna da Bahia – fruto de mandacaru como alimento na mesa da casa do lavrador José Batista, em Pedro Alexandre-Bahia).
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