O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) afirmou nesta quinta-feira (29) que são "graves em todas as dimensões" os fatos colhidos pela Polícia Federal nas investigações que resultaram na Operação Monte Carlo e defendeu a legalidade das provas, inclusive as conversas telefônicas em que aparece o senador Demóstenes Torres (DEM-GO). "A Polícia Federal cumpriu seu papel rigorosamente. Todas as provas coletadas foram feitas a partir do que a lei determina. Temos a consciência tranquila", disse o titular ao ser questionado sobre o argumento da defesa de Demóstens que as escutas são nulas, pois o monitoramento do senador não poderia ter ocorrido sem autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), local onde ele responde criminalmente. Torres aparece em conversas telefônicas, interceptadas com autorização da Justiça, em que teve durante meses como empresário do ramo de jogos Carlinhos Cachoeira. "Os fatos que estão relatados ali em todas as dimensões são graves e se espera que efetivamente a Justiça, apreciando as provas e dando oportunidade de defesa, possa dar a prestação jurisdicional que seja a expressão daquilo que a nossa lei determina", contou Cardozo. Alvo de representação do PSOL no Conselho de Ética e de um pedido de abertura de inquérito do procurador-geral da República ao STF, Demóstenes havia dito a pessoas próximas que está morto politicamente. O parlamentar, no entanto, teria garantido que não renunciará ou pedirá licença do cargo. Com informações da Folha.
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