A visita da presidente Dilma Rousseff ao Haiti sinaliza que, apesar da retirada gradual das tropas brasileiras do país, prevista para começar em março, a parceria entre os dois governos continua e será crucial para a reconstrução econômica e social da região, devastada pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010 – no qual morreram cerca de 220 mil pessoas. O ministro da Defesa, Celso Amorim, anunciou, em setembro de 2011, que o contingente sairia aos poucos do solo haitiano. Segundo ele, a presença brasileira dá “uma falsa sensação de conforto” à população. A liderança militar deve ser devolvida ao governo local, que, de acordo com o ministro, já tem condições de assumi-la. Inicialmente, 257 dos 2,2 mil militares brasileiros serão retirados da Missão Internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Estabilização do Haiti (Minustah), iniciada em 2004 e liderada pelo Brasil. Além desses, outros 1,6 mil oficiais de várias nacionalidades devem deixar a missão da ONU – o país conta hoje com um reforço de cerca de 12,2 mil soldados. Não haverá retirada de membros do batalhão de engenharia, que têm contribuído para a reconstrução estrutural da região.
O ministro justificou que o objetivo inicial é reduzir o contingente para o número anterior ao terremoto – após a tragédia, cerca de 900 militares brasileiros foram enviados ao Haiti. “O conselho de segurança decidiu pela retirada das tropas da Minustah, mas os brasileiros continuarão sendo maioria na missão”, explicou a porta-voz da missão da ONU, Sylvie Wildenberg.
Outro motivo para a retirada das tropas, não mencionado pelas autoridades, é que a força de paz não é vista com bons olhos pela população haitiana. “Muitos nativos protestaram no ano passado a favor do fim da missão, por conta da epidemia de cólera e de denúncias de abuso sexual. Quando as coisas estão ruins, procuramos alguém para culpar. Nesse caso, culparam-nos”, justificou Sylvie.
Ainda assim, a visita de Dilma foi importante para mostrar que o Brasil ainda está ativo no fortalecimento do Haiti. “Acredito que a presença da presidente é extremamente importante para que o país seja reerguido. O Brasil tem uma forte participação na missão humanitária e, como nação em grande ascensão, pode ser um importante parceiro na reestruturação do país”, opinou Florentin Maurasse, especialista em geologia do Haiti, seu país de origem, e professor da Universidade Internacional da Flórida, nos Estados Unidos. “Promover laços econômicos e culturais com o Brasil, que já é a sexta potência econômica mundial, pode ser extremamente útil para o desenvolvimento do Haiti.” De Rodrigo Craveiro - Especial para o EM
O ministro justificou que o objetivo inicial é reduzir o contingente para o número anterior ao terremoto – após a tragédia, cerca de 900 militares brasileiros foram enviados ao Haiti. “O conselho de segurança decidiu pela retirada das tropas da Minustah, mas os brasileiros continuarão sendo maioria na missão”, explicou a porta-voz da missão da ONU, Sylvie Wildenberg.
Outro motivo para a retirada das tropas, não mencionado pelas autoridades, é que a força de paz não é vista com bons olhos pela população haitiana. “Muitos nativos protestaram no ano passado a favor do fim da missão, por conta da epidemia de cólera e de denúncias de abuso sexual. Quando as coisas estão ruins, procuramos alguém para culpar. Nesse caso, culparam-nos”, justificou Sylvie.
Ainda assim, a visita de Dilma foi importante para mostrar que o Brasil ainda está ativo no fortalecimento do Haiti. “Acredito que a presença da presidente é extremamente importante para que o país seja reerguido. O Brasil tem uma forte participação na missão humanitária e, como nação em grande ascensão, pode ser um importante parceiro na reestruturação do país”, opinou Florentin Maurasse, especialista em geologia do Haiti, seu país de origem, e professor da Universidade Internacional da Flórida, nos Estados Unidos. “Promover laços econômicos e culturais com o Brasil, que já é a sexta potência econômica mundial, pode ser extremamente útil para o desenvolvimento do Haiti.” De Rodrigo Craveiro - Especial para o EM
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