Mais de 100 policiais militares foram indiciados por crime ou transgressão disciplinar de natureza grave e 59 foram presos, segundo informou nesta sexta-feira o coronel Robson Rodrigues da Silva, chefe do Estado Maior Administrativo da Polícia Militar. Ainda de acordo com o coronel, cerca de 50 policiais estão presos administrativamente.
Dentre os presos, também estão nove dos 11 policiais considerados líderes do movimento que tiveram mandados de prisão expedidos pela Auditoria de Justiça Militar.
Também de acordo com Robson Rodrigues, entre os nove detidos está o ex-corregedor da PM, o coronel reformado Paulo Ricardo Paúl que, assim como os demais agentes que tiveram a prisão pedida pela justiça, são considerados líderes da greve.
O coronel também informou que o setor de inteligência da PM já vinha monitorando policiais que vinham cometendo algum tipo de ilícito.
Ele também explicou que entrou com um acordo com o governo do estado para que todos os detidos fossem encaminhados para o presídio de Bangu, para que eles possam ser acomodados da melhor forma possível e evitar o risco de incitação de outros presos na Unidade Prisional da PM.
Greve
Os bombeiros e as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro decretaram greve das categorias no estado após assembleia realizada na noite da última quinta-feira na Cinelândia, no Centro do Rio.
Eles reivindicam piso salarial de R$ 3.500 e a liberdade do cabo Benevenuto Daciolo, do Corpo de Bombeiros, preso nesta quinta. Ele teve a prisão preventiva decretada pela juíza Ana Paula Monte Figueiredo Pena Barros da Auditoria da Justiça Militar do Rio.
Daciolo é acusado de praticar crimes de incitamento e aliciamento a motim. As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
De acordo com o coronel Frederico Caldas, porta-voz da PM, a situação na capital fluminense está controlada, mas que no interior do estado, a situação é preocupante. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram enviados para a cidade campista, Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense para controlar a situação, já que na região a adesão da greve é maior.
"O Bope está indo para Campos. Houve um recusa inicial dos policiais no sentido de saírem nas viaturas, alegando que não havia uma documentação em dia. O Bope está indo para lá e o Detran está providenciando a documentação. Esses policiais foram para a rua a pé, aqueles que não se recusaram. Os que se recusarem serem presos", enfatizou o porta-voz. De Redação SRZD
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