A greve dos policiais militares na Bahia acabou sem sucesso, uma vez que os PMs não conseguiram que o Governo atendesse suas revindicações nas negociações. Para piorar a situação, os policiais estão pagando com a liberdade. Na segunda-feira (13), em Ilhéus, quatro policiais da Rondesp foram detidos. Nesta terça-feira (14), em Itabuna, seis policiais militares foram presos. Eles são soldados Neto, Wadson e Roberto e as policiais Márcia Oliveira, Renata Tereza e Valéria Morais. Todos foram presos após mandados de prisão preventiva serem expedidos contra eles.
Um dos mandados foi expedido pelo juiz Paulo Roberto Santos de Oliveira, auditor da Vara de Auditoria da Justiça Militar do estado da Bahia. No mandado não consta os motivos para a prisão.
Os punidos foram levados para a Polícia Federal. Eles serão encaminhados para o Batalhão de Choque em Salvador, local onde estão os policiais considerados os mais perigosos do estado, acusados de envolvimento com tráfico de drogas e milícias.
Para a categoria, a falta de sindicato local no movimento grevista acabou forçando a exposição dos PMs que agora estão detidos. Para os policiais, as prisões são uma represália do governador Jaques Wagner.
Palavra de Wagner
Em um de seus discursos na televisão, Jaques Wagner fala sobre a anistia, que foi exigida pelos PMs. "Não estamos em tempo de guerra para haver anistia. Fiquem despreocupados que não teremos caça as bruxas”, declarou o governador. Para os policiais, a palavra dada por Wagner não foi cumprida.
O próprio governador, juntamente com o Comandante do 15º Batalhão afirmou que não haveria perseguição para policiais que não tivessem cometido crimes durante a greve. A equipe do Radar acompanhou toda a greve da PM. No período em que os policiais estiveram em frente e dentro do 15º BPM, não houve conflitos e nem badernas. Até mesmo as famílias dos policiais, mulheres e crianças estiveram presentes. Em todo o tempo, a ordem era de não criar tumultos.
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