Para aumentar suas chances de conseguir emprego, profissionais na Espanha estão escondendo qualificações em seus currículos, segundo uma pesquisa de consultorias e sindicatos.
Martín Sanchez, estudante de Filosofia (Foto: Movimento 15M-Indignados)
Pesquisas anteriores diziam que um em cada dez espanhóis mentem nos seus currículos, no sentido de melhorar suas qualificações.
Mas a grave crise econômica que atinge o país com a maior taxa de desemprego da União Europeia (22,9%), está levando engenheiros, administradores de empresa, técnicos de informática e até ex-diretores a 'piorar' currículos em busca de empregos de baixa qualificação.
É o caso de José Ángel Silvano, economista. Em 2010 fechou sua própria empresa de logística e desde então não tem trabalho. Atualmente, no seu currículo consta pouco mais de 'responsável, com iniciativa e experiência'.
'Tirei os cargos de direção, a graduação universitária e deixei só os idiomas e conhecimentos variados para ver se assim encaixo em outros perfis. Para mim não é mentir, mas ocultar informação que possa dar imagens prejudiciais: que sou qualificado demais ou incapaz de cumprir postos considerados menores', contou ele à BBC Brasil.
O caso dele não é uma exceção. 'Você se surpreenderia com a quantidade de universitários que estão procurando trabalhos em supermercados' afirmou à BBC Brasil, Martín Sanchez, estudante de Filosofia.
Mas a grave crise econômica que atinge o país com a maior taxa de desemprego da União Europeia (22,9%), está levando engenheiros, administradores de empresa, técnicos de informática e até ex-diretores a 'piorar' currículos em busca de empregos de baixa qualificação.
É o caso de José Ángel Silvano, economista. Em 2010 fechou sua própria empresa de logística e desde então não tem trabalho. Atualmente, no seu currículo consta pouco mais de 'responsável, com iniciativa e experiência'.
'Tirei os cargos de direção, a graduação universitária e deixei só os idiomas e conhecimentos variados para ver se assim encaixo em outros perfis. Para mim não é mentir, mas ocultar informação que possa dar imagens prejudiciais: que sou qualificado demais ou incapaz de cumprir postos considerados menores', contou ele à BBC Brasil.
O caso dele não é uma exceção. 'Você se surpreenderia com a quantidade de universitários que estão procurando trabalhos em supermercados' afirmou à BBC Brasil, Martín Sanchez, estudante de Filosofia.
Fila de espanhóis em busca de emprego (Foto: Instituo Nacional de Emprego da Espanha)
'Uma degradação absoluta', disse ele, membro do grupo Juventude Sem Futuro, que organiza protestos em Madri por causa da falta de perspectivas.
A cada dia, 10% dos desempregados lançam no mercado currículos profissionais ocultando dados, segundo a pesquisa das consultoras Adecco, Manpower e sindicatos Comissões Operárias e União Geral dos Trabalhadores (UGT) apresentada em janeiro.
A estratégia de mentir nas referências tem nome: Currículo B. Mas o fato de dar uma imagem pior é um fenômeno novo e que está aumentando, de acordo com os especialistas em Recursos Humanos.
'Mentir não costuma ser boa saída, nem para os que inflam, nem para os que ocultam', explicou à BBC Brasil a diretora de análise de mercado da UGT, Adela Carrión.
'Embora neste caso possa ser visto com uma opção de não dar mais detalhes do que o necessário. Uma adaptação do currículo aos requisitos específicos da oferta'.
A pesquisa indica que a maioria dos que escondem dados é de profissionais experientes do setor de serviços que estão mais de um ano sem emprego e de universitários recém-formados com alto nível de qualificação.
A situação dos mais jovens traz à tona um contraste inusitado à realidade do mercado de trabalho espanhol. Essa mesma geração, dos nascidos a partir de 1980, é considerada a que teve menos oportunidades nos últimos 40 anos, é tida como a com o mais elevado grau de educação da história do país, segundo a Pesquisa Nacional de População Ativa.
Pelos dados oficiais, 39% dos espanhóis entre 25 e 35 anos tem diploma universitário, enquanto a média da U.E. é de 34%. Ao mesmo tempo a taxa de desemprego para este grupo na Espanha é de 48.7%.
Entre os qualificados que trabalham, 44% tem empregos abaixo do seu nível de formação. Fonte G1
A cada dia, 10% dos desempregados lançam no mercado currículos profissionais ocultando dados, segundo a pesquisa das consultoras Adecco, Manpower e sindicatos Comissões Operárias e União Geral dos Trabalhadores (UGT) apresentada em janeiro.
A estratégia de mentir nas referências tem nome: Currículo B. Mas o fato de dar uma imagem pior é um fenômeno novo e que está aumentando, de acordo com os especialistas em Recursos Humanos.
'Mentir não costuma ser boa saída, nem para os que inflam, nem para os que ocultam', explicou à BBC Brasil a diretora de análise de mercado da UGT, Adela Carrión.
'Embora neste caso possa ser visto com uma opção de não dar mais detalhes do que o necessário. Uma adaptação do currículo aos requisitos específicos da oferta'.
A pesquisa indica que a maioria dos que escondem dados é de profissionais experientes do setor de serviços que estão mais de um ano sem emprego e de universitários recém-formados com alto nível de qualificação.
A situação dos mais jovens traz à tona um contraste inusitado à realidade do mercado de trabalho espanhol. Essa mesma geração, dos nascidos a partir de 1980, é considerada a que teve menos oportunidades nos últimos 40 anos, é tida como a com o mais elevado grau de educação da história do país, segundo a Pesquisa Nacional de População Ativa.
Pelos dados oficiais, 39% dos espanhóis entre 25 e 35 anos tem diploma universitário, enquanto a média da U.E. é de 34%. Ao mesmo tempo a taxa de desemprego para este grupo na Espanha é de 48.7%.
Entre os qualificados que trabalham, 44% tem empregos abaixo do seu nível de formação. Fonte G1
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