A presidente Dilma Rousseff deu posse nesta sexta-feira a nova ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, no Palácio do Planalto. Na solenidade, Dilma lembrou o período da ditadura quando ficou presa com a nova ministra e afirmou que a presença da ex-companheira de armas no ministério “vai enaltecer” seu governo.
- Compartilho com Eleonora uma História de luta pela democracia. Nos orgulhamos desta História – afirmou Dima, que garantiu que Eleonora será “uma lutadora incansável pelo direito das mulheres”.
Em seu discurso, a presidente afirmou que o momento para a transmissão de cargo de Iriny Lopes para Eleonora Menicucci acontece em um período especial, no dia seguinte de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter eliminado controvérsia sobre a aplicação da Lei Maria da Penha.
Com relação à lei que criminaliza a violência contra as mulheres, a maioria dos ministros decidiu na quinta-feira que mesmo que a vítima de agressão não preste queixa contra o agressor, ele ainda pode ser processado.
- Demos um passo rumo à luta contra a violência contra a mulher – afirmou Dilma.
- A cultura de paz começa quando a criança percebe que não há uma relação de subordinação nem tampouco de violência em casa. Com essa lei, estamos contribuindo com o futuro da sociedade brasileira.
Dilma agradeceu a contribuição que Iriny Lopes deu ao governo, o qual integrou durante 13 meses. Sem mencionar a pretensão da ex-ministra de disputar neste ano a Prefeitura de Vitória, no Espírito Santo, a presidente desejou sorte a ex-ministra em seus novos desafios.
Na despedida, Iriny elogia o Supremo
Ao deixar o governo nesta sexta-feira, Iriny Lopes também elogiou o STF. Ela lembrou o caso de mulheres que morreram vítimas de seus companheiros ou ex-companheiros, como a cabeleireira que levou oito tiros, da ex-namorada do então goleiro do Flamengo e da procuradora de 35 anos morta a facadas pelo marido em Belo Horizonte na semana passada. Todas elas tinham registrado ocorrência contra os agressores.
- Nós precisamos dar à lei Maria da Penha agilidade, compreensão unânime por parte do Judiciário brasileiro. E para isso, o debate doutrinário tinha que ser encerrado. Por isso essa coincidência tão feliz de ontem estarmos no tribunal e ganharmos a possibilidade de as mulheres brasileiras darem um passo decisivo na superação da violência - afirmou. Da Agência O Globo
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