Agência Brasil - A morte de Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, na noite de domingo (12) em Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, foi o segundo caso de assassinato de jornalista em apenas quatro dias. Na última quinta-feira (9), em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, o também jornalista Mario Randolfo Marques Lopes, de 50 anos, foi morto com um tiro na cabeça. Sua companheira, Maria Aparecida Guimarães, também foi executada. De acordo com informações do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro, Lopes já havia sido vítima de uma tentativa de homicídio no dia 7 de julho de 2011, quando foi atingido por três tiros. Ele era editor do site Vassouras na Net.
Rodrigues, conhecido como Paulo Rocaro, chegou a ser levado para um hospital da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de hoje (13). A Polícia Civil já instaurou inquérito para investigar o crime. À Agência Brasil, o delegado Clemir Vieira Júnior disse que as características da ocorrência sugerem um crime de pistolagem. Rocaro foi atacado por dois motociclistas que dispararam no seu carro e fugiram sem levar nada. Cinco tiros atingiram o jornalista.
Em nota, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudia as mortes e cobra rapidez na apuração dos fatos. "Solidarizamo-nos com seus parentes, amigos e colegas de profissão. Exigimos a imediata e profunda investigação das autoridades competentes, com a consequente punição dos responsáveis e cobramos do governo e do Parlamento federal medidas urgentes para que o Brasil não prossiga avançando no rankinginternacional de violência contra jornalistas", diz a nota. A entidade ainda pede ao Ministério da Justiça iniciativas para o reforço das investigações e rápida apuração das responsabilidades pelos crimes.
A Fenaj também defende que a apuração dos crimes contra jornalistas seja federalizada, conforme previsto no Projeto de Lei 1.078/11. “Avançar para uma rápida tramitação e aprovação de tal proposta, diante dos dois recentes casos de violência contra profissionais de imprensa, hoje se impõe não como um desejo corporativo, mas como uma necessidade premente de um país que realmente reconheça na liberdade de imprensa um pilar fundamental para o efetivo exercício da cidadania e da democracia”.
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