- O 'loteamento' de cargos no Governo Federal, sistema utilizado por Lula para se reeleger e depois eleger Dilma Rousseff como sua sucessora, às vezes causa espanto. Temos assistido trocas de ministros que saíram por terem sido flagrados praticando 'malfeitos' com o dinheiro público serem substituídos por outros dos mesmos partidos a que são filiados, verdadeiros donos do Governo, recebendo os ministérios em troca do apoio dado na campanha eleitoral e na garantia da famigerada 'base aliada' no Congresso Nacional. No entanto, não dava para se imaginar nomeações patrocinadas por partidos no Banco Central ou no Ministério da Fazenda. Todavia, acabamos de saber que o posto de presidente da Casa da Moeda, feito pelo ministro Guido Mantega, assou pelo crivo do PTB - isso mesmo! -, partido presidido ainda hoje pelo ex-deputado Roberto Jefferson, que ficou famoso no episódio do Mensalão do PT. Naquela época, o PTB era 'dono' dos Correios, onde tudo começou;
- O partido Democratas (DEM) quer convocar o ministro Guido Mantega para dar explicações sobre a demissão ocorrida recentemente na Casa da Moeda e a suspeita de que houve pagamento de propina ao ex-presidente do órgão, Luiz Felipe Denucci por parte de fornecedores. Muita gente pode não estar entendendo porque cerca de US$ 25 milhões estão sendo falados como valor transferido pelo presidente da Casa da Moeda, se ele dirigia um órgão responsável por 'fabricar' dinheiro. Mas nossa moeda é o Real! Onde apareceram tantos milhões de dólares norte americanos? Talvez muitos não saibam que para emissão de dinheiro há a compra de material adequado, como papel, tintas, impressoras e muitos outros gastos milionários;
- O Governo de Lula fez questão de promover na economia brasileira a renovação de todas as cédulas em circulação. Até as de R$ 100,00, que muito pouco circularam e não sofreram desgaste, foram trocadas, talvez porque muitas delas ainda eram assinadas pelo ministro da Fazenda quando lançadas em 1994, que era o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Hoje, às cédulas trazem os nomes do ministro da Fazenda e do presidente do Banco Central do governo anterior. E é aí que pode ter acontecido o início da formação de propina milionária. Há um agravante em meio a tudo isso. O requerimento do DEM cita as denúncias de suposto recebimento de propina por Denucci, demitido por Mantega em janeiro deste ano, além da informação, veiculada pela mídia, de que Mantega já sabia das investigações sobre as irregularidades cometidas pelo ex-presidente da Casa da Moeda desde agosto de 2011, por intermédio da Casa Civil e do PTB, responsável pela indicação política dele.Mas esperou muito tempo para o demitir. Sabe-se que Denucci é investigado pelo Ministério Público e pela Polícia Federal e que Mantega teria conhecimento deste fato desde fevereiro de 2011;
- A cada escândalo, vê-se que a presidente Dilma herdou um modelo, com a ajuda do qual se elegeu, mesmo sendo estreante em eleições. Os recentes escândalos ajudaram a presidente a fazer mudanças no pacote fechado recebido de Lula, sempre despreocupado com denúncias dos mesmos em seu tampo. A presidente tenta adotou o critério de governar de fato despachando com secretários-executivos de ministérios, que são mais ligados aos assuntos e ações de cada pasta;
- Quanto ao comparecimento do ministro Guido Mantega a qualquer das casas do Congresso Nacional, a oposição pode até tentar, mas não vai conseguir. A blindagem do ministro já está sendo articulada no Palácio do Planalto. A 'base aliada' está sendo convocada para evitar que Mantega tenha que explicar as propinas e sua omissão. Isso certamente não interessa a muita gente, pois é evidente que figuras de 'alto coturno' poderão estar envolvidas em mais esse escândalo denunciado no atual Governo;
- E por falar nisso, como fica o caso do ministro 'consultor' Fernando Pimentel? De http://pontoetvirgula.blogspot.com/
Nenhum comentário:
Postar um comentário