Nove meses após o último confronto, Bahia e Vitória disputaram o primeiro Ba-Vi de 2012. Nas arquibancadas, festa das torcida. 29 mil torcedores coloriram o estádio de Pituaçu.
Fora das quatro linhas, o reencontro entre os velhos conhecidos Toninho Cerezo e Paulo Roberto Falcão abrilhantou ainda mais a festa. Dentro de campo ficou tudo igual. Bahia e Vitória não saíram do 0 a 0 no clássico que celebrou a paz na Bahia.
Diante dos últimos acontecidos gerados pela greve da PM na Bahia, que terminou neste sábado, torcidas e times se uniram para pedir paz. As duas equipes entraram em campo com camisas alusivas ao Ba-Vi da Paz. Com o resultado, o Bahia chegou aos 17 pontos e manteve quatro de vantagem para o maior rival. O Tricolor é o segundo colocado, enquanto o Leão da Barra é o terceiro, o líder é o Bahia de Feira com 21 pontos.
Se Falcão anunciou ainda na sexta-feira que faria modificações significativas para colocar o Bahia mais ofensivo em campo, foi Cerezo quem surpreendeu. O treinador rubro-negro escalou o Vitória com quatro volantes de origem no meio de campo. Com Rodrigo Macha, Uelliton, Mineiro e Robston, o Vitória foi a campo com um estilo pegador. No entanto, se sobrava pegada, faltava justamente criação. Sem nenhum meia de oficio, Marquinhos foi obrigado a voltar para ajudar na criação. Isolado na frente, Neto Baiano oferecia pouco perigo ao gol de Omar.
Com o dedo de Falcão, o ofensivo Bahia tinha problemas para se entender. Ainda sem ritmo, Zé Roberto mostrava pouca inspiração. Em lua de mel com a torcida, Souza mostrava muita disposição, mas foi o garoto Gabriel o principal destaque do jogo no primeiro tempo. Cheio de vontade e com boas jogadas de linha de fundo, a jovem promessa tricolor ouviu muitas instruções de Falcão e deu trabalho à defesa rubro-negra. O principal lance de perigo do Bahia foi uma cabeçada de Fahel que passou perto da meta, após uma saída errada de Douglas.
As principais jogadas do Vitória no primeiro tempo saíram dos pés de Marquinhos. Sempre em chutes de longa distância. No mais perigoso deles, a bola desviou em Titi e quase surpreendeu o goleiro Omar. No entanto, a etapa inicial terminou com o placar sem alteração.
O segundo tempo da partida começou bastante movimentado. O Vitória voltou com o mesmo time, mas com uma postura diferente. Logo nos começo da etapa final, Marquinhos, de longe, quase abriu o placar. O Bahia respondeu rápido e após cruzamento de Helder, Morais, livre de marcação, perdeu a melhor chance do Bahia.
Cerezo mudou o time e colou Pedro Ken para comandar a criação rubro-negra, mas o meio pouco ajudou. Marquinhos continuou como principal nome do Leão da Barra. Cerezo ainda colocou Arthur Maia em campo. O jovem meia melhorou a saída de bola do time de Cerezo, mas não o suficiente para mudar o placar.
Pelo lado do Bahia, Falcão substitui Zé Roberto por Vander. O jovem deu mais movimentação ao ataque tricolor. Ao lado de Gabriel, Vander deu velocidade ao Bahia. No entanto, foi pouco. Nem Bahia, nem Vitória. Nem Cerezo, nem Falcão. O placar não saiu do 0 a 0 no Ba-Vi que celebrou a paz e a amizade.
Na próxima rodada o Bahia enfrenta o Juazeiro no Adauto Moraes, na quarta-feira (15) às 21h45, já o Vitória enfrenta o Camaçari, no Barradão, também na quarta, às 20h30. De http://dilsonbarbosa.com.br/
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