AE – Agência Estado
A seleção brasileira masculina de vôlei manteve neste domingo a sua hegemonia continental e conquistou o título do Campeonato Sul-Americano. Jogando com o apoio da torcida, no lotado Ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá, o Brasil derrotou a Argentina por 3 sets a 1 (25/20, 19/25, 25/23 e 25/21), pela última rodada, e foi campeão pela 28ª vez na história da competição.
Brasil e Argentina chegaram à última rodada do Sul-Americano com campanhas invictas, após vencerem Colômbia, Uruguai, Chile, Venezuela e Paraguai durante a competição. Assim, o jogo deste domingo virou uma “final”. Mas brasileiros e argentinos já entraram em quadra classificados para a Copa do Mundo, que acontecerá em novembro, no Japão, e dará três vagas na Olimpíada de Londres.
Para o Brasil, a decisão deste domingo contra a rival Argentina valia muito. Era a chance de fazer a festa com a torcida que lotou o ginásio em Cuiabá e, principalmente, de manter a hegemonia continental. Em 29 edições já realizadas do Sul-Americano, a seleção brasileira conquistou um total de 28 títulos – só não foi campeão quando não participou da competição, em 1964.
Como é comum em jogos entre Brasil e Argentina, principalmente numa decisão de título, o clima foi quente dentro de quadra neste domingo. Os dois técnicos, o brasileiro Bernardinho e o argentino Weber, chegaram a discutir no final do terceiro set. “A gente gosta de ganhar dos argentinos. A torcida, então, fez a festa. Teve provocação, teve briga. É clássico”, disse o ponteiro Murilo.
Após criticar a “malandragem” do adversário durante o jogo, quando um jogador argentino tentou molhar a bola para deixá-la mais pesada antes do saque, Bernardinho também reclamou da arbitragem. “Esses juízes são horríveis. Colocar um juiz desse para apitar uma final dessa é temerário. O vôlei sul-americano merece um nível melhor”, afirmou o treinador brasileiro, em entrevista ao SporTV.
Mas Bernardinho também enalteceu a conquista brasileira, sem deixar de apontar os erros mostrados pela seleção em quadra. “Acho que o time teve bons momentos, mesmo estando sem muito ritmo. Nosso contra-ataque ainda falhou muito, porque quisemos acelerar muitas vezes”, avaliou o técnico. “Soubemos usar a experiência e ganhar o jogo. Agora, é pensar no Japão e na classificação olímpica.”
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