Como não “colou” a jogada e ainda está às voltas com a possibilidade de que se descubra quem plantou a câmara de espionagem da qual tirou as fotos que jornalista Alberto Dines disse que “não renderiam sequer uma nota numa coluna de fofocas políticas”, esta semana a revista veio “light”.
Mas continuou a não fazer jornalismo.
A revista dedica-se a fazer a campanha pelo voto distrital, não abrir um debate sobre o tema.
É militância, mesmo, por uma esperança de, mudando as regras, aumentar a representação da direita sem aumentar seus votos. Chega até a convidar os seus leitores, expressamente, para subscreverem um abaixo-assinado pela mudança. Claro, em nome do “combate à corrupção”.
Quem é do Rio e anda pelos 50 anos ou mais lembra que já tivemos aqui um “voto distrital”. Era o chaguismo e sua “política da bica d´água”. Chagas Freitas nomeava os administradores regionais, eles faziam clientelismo político e saíam eleitos dos “distritos”. Um esquema corruptíssimo para angariar votos, sobretudo dos mais pobres.
Os méritos que a ideia do voto distrital possa ter vão se perdendo a medida em que se revelam seus apoiadores: José Serra, Veja, etc.. Aliás, a Veja publica um gráfico (este aí acima)que mostra como ficaria o Congresso com o voto distrital. A esquerda perde e o centro-direita ganha, exceto pelo DEM, que hoje perde corrida até se disputar sozinho. A projeção, porém, não deve ser vista senão como uma besteira, porque chega a “eleger” candidatos com 1% dos votos no suposto distrito.
Mas vale tudo para despolitizar as eleições, não é?Brizola Neto - Tijolaço
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