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segunda-feira, 26 de junho de 2017

"Há distorções na Previdência, mas nem de longe vivemos o caos desenhado"

O tal recorde em gastos com proteção social não passa de um mito, demonstra o economista Milko Matijascic
Yasuyoshi Chiba/AFP
"Vendem a ideia de um país jovem que gasta tanto quanto uma nação envelhecida, um diagnóstico repleto de erros"

Em recente artigo publicado pela Plataforma Política Social, Milko Matijascic, técnico em Planejamento e Pesquisa do Ipea e doutor em economia pela Unicamp, alerta para a profusão de mitos propalados pelos defensores de uma draconiana reforma da Previdência no Brasil. Um dos mais repetidos é que o País seria um campeão mundial de gastos com proteção social.

Nada mais enganoso, alerta o especialista, ao dissecar dados de publicações oficiais e compará-los com os indicadores equivalentes das nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Entre as maiores ameaças aos brasileiros, figura a exigência de 25 anos de contribuição para se aposentar. “É uma perversidade”, conclui Matijascic. “Para completar esse período, o brasileiro pode se ver obrigado a trabalhar até 35, 40 anos ininterruptos, se levar em conta os períodos nos quais ele atua fora do mercado formal.”

CartaCapital: Muitos analistas sustentam que o Brasil gasta demais com aposentadorias e pensões. Isso é verdade?

Milko Matijascic: De fato, há algumas distorções no sistema de Previdência, mas nem de longe vivemos o caos desenhado por certos analistas alinhados com a reforma proposta pelo governo. Eles dizem que o Brasil é um país jovem, mas gasta muito com a Seguridade Social, tanto quanto uma nação com população envelhecida. LEIA A ENTREVISTA COMPLETA AQUI

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