Um estudo feito pela ADWA Cannabis, startup voltada para o desenvolvimento de tecnologias para cadeia produtiva da maconha, em parceria com a UFV (Universidade Federal de Viçosa), o Departamento de Fitotecnia e o Grupo Brasileiro de estudo sobre a Cannabis sativa L., quantificou as áreas com maior aptidão para o cultivo da erva, dividindo entre produção de fibras, flores e sementes. O relatório inclui espécies com alto teor de THC, a substância psicoativa da planta, e também baixo, o cânhamo.
De acordo com a pesquisa, o enorme potencial agrícola e as condições climáticas favoráveis para o cultivo de Cannabis podem tornar o Brasil um grande exportador da maconha. São aproximadamente 7,5 milhões de quilômetros quadrados de áreas disponíveis para o cultivo.
Fundador da startup, Sérgio Barbosa, afirma que “o valor da produção de um hectare de Cannabis é, em média, de US$ 52.000 para sementes e US$ 31.000 para fibras” e segundo ele, o mercado da maconha voltado para fins terapêuticos tem atraído investidores em vários países, como Colômbia, Canadá e Uruguai.
Relatório regional sobre Cannabis na América Latina produzido pela NewFrontier Data aponta que a estimativa média de mercado total disponível é de US$ 9,75 bilhões -incluindo mercados legais, regulamentados, não regulamentados e ilícitos. Segundo as projeções do relatório, o Brasil tem o maior potencial na região e pode movimentar US$ 2,4 bilhões, o que representa cerca de R$ 9,6 bilhões.