Os mistérios envolvendo os maçons voltaram recentemente ao noticiário britânico, desde que o jornal The Guardian informou, no início do mês, haver duas lojas maçônicas que operam em segredo no Parlamento do Reino Unido, compostas por políticos ou jornalistas. Além disso, o presidente do principal sindicato das polícias da Inglaterra e do País de Gales denunciou que os círculos maçons dentro da corporação estariam impedindo reformas voltadas à promoção de minorias, como mulheres e negros. Essas notícias reabriram o antigo debate sobre a suposta influência das elites dirigentes da maçonaria, que chegou a ter entre seus membros o ex-premiê britânico Winston Churchill. Estima-se que, ao redor do mundo, haja 6 milhões de pessoas ligadas à maçonaria. Ainda que originalmente a maçonaria tenha se constituído como uma sociedade secreta, hoje, ao menos no Reino Unido, tem optado por se defender publicamente das acusações. A Grande Loja Unida da Inglaterra publicou anúncios publicitários de página inteira em diversos jornais britânicos, pedindo o fim da "discriminação" sofrida por seus membros, os quais se queixam da representação "tergiversada" feita deles. David Staples, líder dos maçons ingleses e galeses, negou as acusações apresentadas no Guardian e disse que nenhum de seus membros era parlamentar ou político. "Não somos uma sociedade secreta", afirmou ele à BBC, agregando ser "ridícula" a notícia sobre o veto de policiais maçons a reformas corporativas.
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