A chapa “Lutar para Sobreviver”, dos Radialistas Profissionais, foi eleita com 67% dos votos para a nova diretoria do SINTERP/BA. Durante a formação da chapa, vários imprevistos aconteceram. Inicialmente, predominou a hipótese de que três chapas concorreriam, o que se revelou não ser verdade. Acabaram ficando apenas duas chapas surgindo a possibilidade de unificação, mas no final a chapa 2 desistiu de compor, retirando seus candidatos.
A chapa “Lutar para Sobreviver” teve que começar do zero, contando com colegas que se ofereceram de última hora para ajudar na direção do SINTERP/BA, porque outros trabalhadores não se dispuseram a concorrer e dedicar-se a representar o sindicato. Os companheiros novos foram muito bem recebidos pela boa vontade e ousadia em tentar agregar-se à chapa, mesmo sem conhecer a realidade da entidade nem saber como se tornarem sindicalistas.
Será um momento ímpar e necessário para a renovação e transformação da entidade. Sangue novo sempre traz esperança para os que já participam e principalmente para os que observam os trabalhos frente à categoria. A diretoria eleita conta com todos para a renovação de ideias e oxigenação do mandato, inclusive com os colegas que pertenciam à chapa 2, que se desagregou, até porque continuam trabalhadores.
A eleição contou com 20 urnas , oito em Salvador e 12 no interior. Cinco delas eram urnas fixas nas emissoras de TVs e uma na sede do sindicato. Duas urnas itinerantes rodaram por Salvador nas rádios, produtoras e agências de publicidade onde havia associados. As 12 urnas do interior também eram itinerantes e ficavam numa determinada região, circulando pelas cidades próximas onde se encontravam trabalhadores filiados ao SINTERP/BA, como por exemplo, a urna do Baixo Sul 1, que colhia os votos dos trabalhadores de Jequié e região.
Um diretor regional ficava responsável por levar a urna até os filiados e, no final da tarde, apurar os votos dessa urna e transmitir o resultado por telefone para o sindicato, onde estava acontecendo a apuração das urnas da capital. Todo esse empenho garantiu a lisura do processo e a possibilidade de que o resultado fosse conhecido na mesma noite. Assim, podemos afirmar que o seu sindicato estará cada dia mais sólido, sempre pronto a reivindicar as causas dos trabalhadores!
CORRIGIR AS FALHAS
“Vamos buscar melhorar ainda mais, corrigindo as falhas que ficaram ao longo do tempo. Acreditamos na força dos novos companheiros, que estão começando, para contribuir com o crescimento do sindicato e da categoria”, declarou o coordenador eleito Dimas Araújo.
Para Maurílio Pinheiro, secretário de Formação e Registro Profissional, a renovação está sendo extremamente positiva. “Muitas pessoas estão chegando com todo o empenho, interesse e ideias novas. Tenho uma expectativa muito grande de que vamos ter uma boa administração”, afirmou.
Everaldo Monteiro, secretário de Finanças, disse que a diretoria deve estar mais atenta aos milhares de fatos novos que afloram no país, principalmente diante das transformações no cenário politico e econômico. “Não podemos nos dar o luxo de cometer os mesmos erros que ocorreram em outros momentos”, lembrou.
RENOVAÇÃO DE IDEIAS
Os eleitores mencionaram a importância de ter o sindicato ao lado da categoria nos mais diversos momentos. Para um técnico de uma Rede de TV, é importante votar porque a eleição representa renovação de ideias. “A partir do momento em que existe essa votação, existe uma abertura de pensamentos, democracia”. É filiado à entidade há 11 anos. Vota para participar do processo. “Ás vezes ficamos ausentes. Quando votamos repensamos os momentos que ficamos distantes e tentamos uma reaproximação”, lembrou.
Um cinegrafista disse que a chapa é forte e confia nela porque tem transparência. “Acredito nas pessoas que estão lá. Participo para ter um sindicato resistente e atuante”.
Para um produtor de chamada de TV, o sindicato vai sempre estar falando em nome dos Radialistas. É o porta-voz do trabalhador. “Sem ele não podemos reivindicar nada. O sindicato é quem vai até os patrões. Oferece convênios aos associados, luta por reajuste, realiza confraternizações, etc. Precisamos dele para organizar a categoria”.
Uma programadora musical de Rádio, filiada ao SINTERP/BA há 28 anos, e que sempre votou nas eleições, acha fundamental participar do processo em busca de novas alternativas. “Acho importante quando a entidade visita as empresas para saber como está o andamento das coisas, o que está acontecendo com os funcionários, participando das mudanças que ocorrem nas emissoras.”
Um dos técnicos eletrônicos de TV, acha que o sindicato é importante para que o trabalhador seja mais valorizado pelo empresariado. “São os grandes empresários que mandam na política. O Brasil é um país rico e alguns espertalhões estão administrando e se aproveitando. Se não lutarmos agora contra as reformas que estão sendo feitas vamos perder muito depois. Nada é feito para o trabalhador. Só temos o sindicato para nos defender!” Do Portal Sinterp-Ba