por Lucas Gayoso | Estadão Conteúdo
Uma médica recusou atendimento a um bebê de 1 ano e 6 meses na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de janeiro, e foi demitida pela Cuidar, empresa que presta serviço para o plano de saúde Unimed. A família de Breno Rodrigues Duarte da Silva, que sofria de doença neurológica, acusa a profissional, que não teve o nome divulgado, de negligência e omissão de socorro. O menino morreu uma hora e meia após ter o socorro negado, enquanto esperava outra ambulância. A mãe de Breno, Rhuana Lopes Rodrigues, de 28 anos, prestou queixa na 16ª DP (Barra da Tijuca), que abriu um inquérito policial para apurar as circunstâncias em que o bebê morreu após não ter sido socorrido. Ela expressou revolta com a atitude da médica. "O porteiro avisou que tinha chegado. Depois, ele ligou e disse que a doutora tinha ido embora. O porteiro disse que ela estava muito nervosa, gritando. Aí ela rasgou os papéis, que não era pediatra e foi embora", contou. "Meu filho poderia estar vivo se não fosse por esse descaso". De acordo com a Policia Civil, agentes analisaram as imagens das câmeras de segurança e disseram que há indícios dos crimes de homicídio culposo e supressão de documento. "A delegada que presidiu o inquérito no momento do registro informou que a médica, na situação em que teriam ocorrido os fatos, era agente garantidora da vida do bebê e por isso poderá responder por homicídio culposo com aumento de pena por inobservância de regra técnica de profissão", disse a Polícia Civil em nota.