Com medida, Eurico dará 'olé' na empresa que tem gestão do programa de associação somente até novembro; entenda a estratégia
RODRIGO CAPELO
São Januário, estádio do Vasco da Gama (Foto: Marcelo Sadio / Vasco)
O Vasco pretende integrar o sócio-torcedor à bilheteria de São Januário até o fim deste ano. A ideia é que o vascaíno coloque "crédito" na carteirinha ao comprar o ingresso e a use para passar pela catraca do estádio. O custo da implementação deste sistema ficará a cargo da empresa que fará a gestão das bilheterias, já escolhida pelo club, porém ainda não revelada por motivos jurídicos.
O movimento representa um olé de Eurico Miranda na Microtag, atual responsável pela gestão do programa de sócios-torcedores cruzmaltino. O contrato com esta empresa, assinado por Roberto Dinamite na administração dele, expira em novembro deste ano, mas Eurico não quer renová-lo – alega que a parceira não consegue limpar o cadastro de sócios, integrá-lo com outros sistemas, entre outros problemas operacionais. Eurico não quis rescindir o contrato porque, em processo passado na Justiça, a Microtag já conquistou o direito de cumpri-lo até o fim. Tentar se livrar da parceira antes do término do acordo representaria grande risco.
Só que o contrato com a Microtag ainda dá a ela preferência na renovação. Se outra empresa fizer proposta para assumir o lugar, ela pode cobri-la e forçar a continuidade. Eurico, então, instruído pelo departamento jurídico vascaíno, vai contratar uma empresa para fazer a gestão da bilheteria, não do sócio-torcedor, cuja administração volta a ser, no papel, do próprio Vasco. Por isso a decisão de integrar o programa de associação à bilheteria de São Januário tem relevância neste contexto: é um dos primeiros passos para que Eurico Miranda, com quase um ano de atraso, por causa do imbróglio jurídico com a Microtag, reforme o sócio-torcedor.