Eduardo Schiavoni*Do UOL, em Americana (SP)*Dirceu Garcia/Estadão Conteúdo
Em março, o vereador Luiz Vergara (PSB) agrediu eleitor na Câmara de Franca (SP)
A Câmara de Franca (400 km de São Paulo), oficializou, durante sessão realizada nessa terça-feira (12), a suspensão, por 60 dias, do parlamentar Luiz Carlos Vergara (PSB), punido por dar um tapa na cara de um eleitor durante uma sessão do Legislativo no início de março.
A agressão foi classificada como quebra de decoro parlamentar. Houve protesto de pessoas que acompanhavam a sessão --eles consideraram a punição branda.
No dia da agressão, Vergara não teria gostado da cobrança de um eleitor sobre o apoio do parlamentara um veto do prefeito a um projeto que pretendia facilitar o acesso às informações da administração municipal.
Segundo o Conselho de Ética da Câmara, Vergara cometeu "falta contra a ética parlamentar. O conselho declarou ainda que a decisão serve para "reestabelecer a democracia e o respeito na Câmara, que foi de forma agressiva atingida nesse fato".
Vergara é o primeiro vereador de Franca a sofrer este tipo de punição do conselho. A suspensão se encerrará no dia 12 de julho, período no qual ele não irá receber salários.
O presidente da Casa, Marco Garcia (PP), informou ainda que todas as atividades de Vergara representando a Câmara estão suspensas. "Ele poderá frequentar a Câmara como cidadão, como todos podem, mas não vai representar a Casa em qualquer atividade durante os 60 dias", disse.
Para Hélio Pinheiro Vissotto, marceneiro que foi atingido por Vergara, entretanto, a punição foi branda.
"A punição era esperada e mostra o nível ético e moral da Câmara. Fica na mesma proporção", disse ele. "Claro que uma coisa como essa não pode acontecer no debate político, é um absurdo e merecia a cassação. Mas sabemos também que os vereadores nunca iriam cassar um par, mesmo um que bateu na cara de um eleitor", disse.
Fuga
O vereador punido estava presente na Mesa Diretora da Casa durante a sessão na qual a punição foi anunciada, mas deixou seu lugar minutos antes de o Conselho de Ética ler o documento onde a punição era oficializada.