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Posto Médico de Pimenteira, totalmente abandonado |
Atendimento Médico
O distrito de Pimenteira, que pertence ao município de Ilhéus está totalmente abandonado. Os governantes esqueceram que lá existe seres humanos. Entra um sai outro e continua piorando a cada dia.
Pare se ter uma idéia do que estamos falando, por lá o único posto médico fechou em dezembro de 2012, até hoje nem satisfação foi dada aos moradores da comunidade. O atendimento que já era precário agora não existe mais, se alguém precisar de qualquer tipo de atendimento terá que se deslocar até o distrito vizinho de Inema que fica a 9 km, isso se por lá não tiver igual ou pior. Caso contrário poderá se deslocar até União Queimada, a 15 km, este já pertence a cidade de Itajuípe.
Segurança
Há cerca de seis anos os moradores da localidade não sabem o que é ter um policial para fazer a segurança. Por lá aconteceu de tudo. Diversas vezes foi noticiário regional pelos crimes cometidos, um lugar que sempre foi de muita calmaria virou 'um verdadeiro Iraque', chegando a ter duas pessoas assassinadas em menos de quinze minutos, no mesmo dia.
Antes, quando acontecia algum evento, dois policiais eram deslocados de Inema para fazer a segurança. Na festa da padroeira, que foi realizada nos dias 20 e 21 de julho, foi enviado um ofício para o batalhão de Ilhéus solicitando segurança, mas não adiantou, uma pedra foi colocada em cima.
Mesmo assim o evento aconteceu, e graças a Deus nada de mais grave ocorreu, registramos três desentendimentos, mas nada de maiores proporções.
Nos anos 80 existia uma delegacia, mas ficou em ruínas e caiu, também não tiveram interesse em construir outra.
O prefeito Jabes Ribeiro, o vice Cacá, os vereadores Valmir de Inema e Tarciso estiveram presentes na missa de Nossa Senhora do Carmo, no domingo, 21, e ouviram muitas revindicações dos moradores.
Educação
Por falar em educação, epenas na primeira semana de março houve aula. Até hoje os estudantes aguardam os professores chegar. O prefeito Jabes não disse para o que veio, não se preocupa, os filhos dele não moram em Pimenteira.
A escola até que foi reformada na gestão anterior, mas fechada não tem valor algum.
Urbanização
Os dois bairros que foram criados ainda na segunda gestão de Jabes, estão do mesmo jeito. Não tem rede de esgoto, não tem pavimentação, a iluminação é muito precária, tem apenas muito mato e muitos buracos. Veículos não trafegam, pois nem mesmo jegues querem passar, pois existem grandes crateras provocadas pelas chuvas.
Patrimônios destruídos
Os chafarizes, que já serviram a comunidade, hoje fazem vergonha, alguns totalmente destruídos, outros mal conservados.
O jardim, um dia já foi cartão postal, hoje não é nem sombra do que foi um dia.
Os sombreiros, que sempre foram
''o charme de Pimenteira'' estão praticamente condenados, devido ao descaso, os galhos cresceram desordenadamente chegando a comprometer a rede elétrica.
O único espaço de festas, o salão Polivalente foi desativado para dar lugar a uma escola, que também está fechada. As festas são realizadas naus ruas.
Abastecimento de água
Precariedade total. Há mais de 60 anos a pequena barragem que abastece a localidade não passa por reparos e não foi ampliada. A água apesar de ser de boa qualidade não passa por tem tratamento algum.
Existe um controle rígido para que não falte o líquido precioso nas casas, mas mesmo assim a dificuldade é grande.
Serviço Postal
O único serviço dos Correios que atendia os moradores de Pimenteira foi desativado, os armários encontram-se guardados em um estabelecimento comercial. Agora quem quiser enviar correspondências só através do ''pombo correio''.
Vias de acesso
Uma estrada que mais parece uma tábua de pirulito, com 15 km, em condições normais, dura cerca de 25 minutos de União Queimada a Pimenteira, hoje chegamos a fazer uma longa viagem de até uma hora para chegar ao distrito. Da mesmo forma está o trecho que liga Pimenteira a Inema, com cerca de 9 km, a viagem é um pouco menor, dura em média 30 minutos.
Administradores
Estes foram os verdadeiros heróis. Ubaldí, Evaldo, Gerônimo, Marcelo, Louro Nogueira que atualmente exerce o cargo de administrador, sempre se doaram ao máximo para fazer do local um lugar digno de se viver.
Infelizmente os 'homens do poder' não valorizam quem trabalha, não enxergam e não ouvem o clamor daquele povo tão sofrido, que não exigem nada mais que se faça a obrigação de homem público.
Cemitério
Este nem se fala, se vivo não tem vez imagine quem morreu. O abandono é total, muros destruídos e um verdadeiro matagal, que para alguns animais tem até serventia, pois se alimentam do capim.
Ney Guimarães - Radialista, DRT/BA - 7017