Em depoimento prestado à Polícia Judiciária Civil, nesta quinta-feira (16), Isaías Duarte, o "Caverninha", de 19 anos, negou ter participado do latrocínio (roubo seguido de morte) do policial civil Manoel Alves de Almeida, 55, no dia 22 de julho passado, no bairro CPA IV, em Cuiabá.
Isaias sustentou que não participou da tentativa de roubo da motocicleta do policial civil porque não sabe pilotar motos.
“Meu negocio não é matar civil, mas sim policiais militares, porque são uns caras safados”, disse Isaias, em interrogatório ao delegado Flávio Stringueta, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Segundo o delegado, Caverninha ainda afirmou que, quando for solto, continuará matando militares.
No depoimento, o suspeito acabou confessando o assassinato do vendedor Flávio Santana, de 29 anos, com seis tiros, na madrugada do dia 22 de julho, no bairro Lixeira, na Capital.
Ele também contou que seu "negócio" é praticar assaltos em mansões e também na modalidade de “saidinha de banco”.
Disse que realiza os crimes sozinhos e está sempre disposto a matar. Afirmou que, ao acertar contas com algum desafeto, vai com tudo ou nada, na base do “é matar ou morrer”.
Nomes falsos
Stringueta informou que Isaías alegou que fugiu de Cuiabá após descobrir que sua foto foi divulgada na imprensa.
Então, conseguiu um documento de identidade (RG) falso, em nome de Silval Cavalcanti Brasil Neto, foi para o município de Cáceres (225 km a Oeste de Cuiabá), com o objetivo de fugir para a Bolívia, que faz fronteira com Mato Grosso.
Em relação ao assassinato do vendedor Flávio, ele disse, no depoimento, que matou o rapaz porque “não gostava dele”.
Contou que o viu sentado no capô de seu Corsa vinho. Então, se aproximou e atirou seis vezes.
“Crime por motivo fútil; aliás, por motivo algum. A vida, para ele, não tem mais nenhum valor”, observou um policial do GCCO.
Isaías Duarte, que está com a prisão preventiva decretada pela 3ª Vara Criminal da Capital, foi capturado no último domingo (12), na cidade de Cáceres, onde estava escondido.
Segundo policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o suspeito utilizava outros nomes, como Ricardo Nogueira ou Diego Nogueira.
Foi com esse último nome que ele tentou matar a tiros, no dia 25 de junho, o policial militar Adão Aparecido de Oliveira Lopes, de 32 anos, que fazia compras num mercado na Lagoa do Jacaré, na região do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande. De Midia News