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Pelo menos 11% do combustível consumido pelo Brasil já vem de fora, considerando gasolina e etanol.
Até julho, as compras externas de gasolina somaram 2,13 bilhões de litros, praticamente o mesmo volume importado durante todo o ano passado, que atingiu 2,18 bilhões de litros.
Os gastos somaram US$ 1,71 bilhão, acima do US$ 1,64 bilhão de janeiro a dezembro de 2011. As importações de etanol atingiram 501 milhões de litros no ano, com gastos de US$ 349 milhões até julho.
O Brasil consome 774 mil barris de combustível (gasolina e etanol) por dia e importa 84 mil barris.
Além de importar bem mais neste ano, o produto que chega ao mercado brasileiro vem com preços mais elevados. A gasolina custa R$ 1,60 por litro, enquanto o álcool anidro, sem impostos, foi negociado a R$ 1,23 na segunda semana deste mês no mercado interno.
O valor do álcool anidro praticado no mercado interno é inferior aos preços da gasolina e do etanol nos Estados Unidos.
Esse novo cenário no mercado de combustíveis é resultado de uma política de preços equivocada e falta de um planejamento de médio e longo prazos, diz Plinio Nastari, presidente da Datagro Consultoria.
A política atual inibe reajustes de preços para os combustíveis e estimula o consumo. Essa situação se soma a um momento de quebra na safra de cana-de-açúcar e da ausência de investimentos em refino de gasolina.
Isso obriga as usinas a trabalhar sem margem de ganho e a Petrobras a importar mais gasolina para substituir etanol, desequilibrando as contas da estatal.
Momento errado 1 A redução de 25% para 20% na mistura de etanol anidro à gasolina, em outubro de 2011, ocorreu na hora errada. Produtores e importadores tinham se programado para uma safra com 25% de mistura.
Momento errado 2 Agora também não é momento para discussão sobre o retorno dos 25%, que deve ser feito com planejamento e com garantia de combustível para abastecimento. O ideal seria o governo fazer uma programação de retorno no início da próxima safra, segundo Plinio Nastari.
Pecuária Os norte-americanos tinham 10,7 milhões de animais em confinamento no início deste mês. Esse número supera o de igual mês de 2011, mas registra redução em relação a julho e a junho últimos.
Quem perde O Estado do Texas, afetado por seca no ano passado, tem queda no total de animais confinados. Já no Estado de Kansas há crescimento de 5% no período, segundo o Usda.
Distribuição de milho A distribuição de milho para os pequenos agricultores afetados pela seca na Bahia, feita pelos produtores de grãos do oeste do Estado, será de 1 milhão de quilos -e não de 1 milhão de toneladas, como divulgado por esta coluna.
Trigo O cereal teve a principal alta no mercado de Chicago, ontem. Queda de produção na Rússia, na Ucrânia e na Austrália mantiveram os preços aquecidos. A queda se deve à seca nessas regiões.
Seca A região de algodão nos EUA foi menos afetada que a de milho. Houve queda de 14% na área semeada em relação a 2011, mas a produção sobe 13%. Da Folha.com
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