FERNANDA EZABELLA - DE LOS ANGELES
Até o final do ano, mais de 300 milhões de celulares serão aposentados nos EUA, muitos esquecidos em gavetas, já que boa parte de seus donos não sabe como descartá-los. Diversas iniciativas no país tentam lucrar e dar sobrevida a eles: hoje, apenas 10% são reutilizados.
Grandes operadoras remodelaram seus programas de reciclagem nos últimos meses. "Os consumidores continuam migrando para smartphones, e as empresas querem melhorar suas ações de sustentabilidade", disse Kate Pearce, analista da Compass Intelligence, agência de consultoria responsável pela pesquisa mais recente sobre o assunto (veja quadro).
Uma das empresas que tira proveito da onda verde é a eRecyclingCorps, que tem parceria com 5 das 7 maiores operadoras dos EUA e está presente em dez países da Europa. A expectativa é reciclar ou revender 6 milhões neste ano, ante 2,5 milhões em 2010.
"Queremos que os consumidores olhem para seus aparelhos da mesma forma que carros usados, reconhecendo o benefício de trocá-los por um novo", disse à Folha o presidente da eRecyclingCorps, David Edmondson.
A Sprint é uma das parceiras mais engajadas: chega a pagar até US$ 300 por modelos mais novos. Com seus programas, é possível levar o aparelho antigo (mesmo de outra operadora) para ter desconto em um novo, ter reembolso na hora ou mandar por correio para revenda, reciclagem ou doação.
A eRecyclingCorps afirma que 90% dos celulares arrecadados são revendidos após reforma, 35% em países em desenvolvimento; os outros 10% vão para a reciclagem.
Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, os consumidores reciclam pouco porque desconhecem os programas e temem por seus dados pessoais.
Mark Bowles, fundador da ecoATM, acredita que sua invenção tem a praticidade e segurança de um caixa automático: a máquina paga de US$ 80 a US$ 200 por um iPhone 4S. Para evitar aparelhos roubados, é preciso registrar a impressão digital e cadastrar o documento de identidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário