Dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontam que, nos 12 meses encerrados em janeiro, enquanto o índice de famílias endividadas com renda inferior a 10 salários mínimos (R$ 6.220) recuou de 61,3% para 59,5%, nos lares com rendimentos acima de 10 salários mínimos disparou de 48,9% para 53,4%. Entre os mais abastados, as dívidas estão, em média, 63,1 dias atrasados contra os 62,8 dias dos que têm ganhos menores. "Temos um retrato muito interessante no país hoje. A nova classe média, que se esbaldou com o crédito fácil, botou o pé no freio. Já os ricos estão gastando além da conta e criando uma bolha preocupante de inadimplência", diz Felipe Chad, sócio da Corretora DX Investimentos, especializada em finanças pessoais.
Levantamento do Banco Central reforça a percepção de Chad. As dívidas acima de R$ 50 mil são as que mais crescem no país. Em 12 meses, até novembro do ano passado, tais operações avançaram 36%. Passaram de R$ 203,5 bilhões para R$ 276,7 bilhões. "Parte desse público engrossa a nova classe A, que antes não tinha tantos recursos e agora tem um fluxo de caixa elevado para gastar", ressalta Chad.
Levantamento do Banco Central reforça a percepção de Chad. As dívidas acima de R$ 50 mil são as que mais crescem no país. Em 12 meses, até novembro do ano passado, tais operações avançaram 36%. Passaram de R$ 203,5 bilhões para R$ 276,7 bilhões. "Parte desse público engrossa a nova classe A, que antes não tinha tantos recursos e agora tem um fluxo de caixa elevado para gastar", ressalta Chad.