Rinaldo de Oliveira - SNB
A injeção semestral contra HIV, aprovada nos EUA, teve 96% de eficácia na prevenção à doença, em ensaios clínicos
Foto: Getty Images/Catherine Falls Commercial

O lenacapavir é um medicamento aprovado no mês passado pela FDA, a Anvisa dos EUA, para prevenção do HIV, como ferramenta nas estratégias de combate à infecção pelo vírus, especialmente para os grupos mais vulneráveis e em regiões onde a carga do HIV ainda é alta.
Ele é a primeira PrEP injetável e está sendo considerada uma alternativa altamente eficaz e de ação prolongada para o combate ao vírus. Em ensaios clínicos, teve 96% de eficácia na prevenção contra a doença.
A recomendação
A recomendação global para uso da injeção semestral foi anunciada esta semana, durante a Conferência Internacional de AIDS, realizada em Kigali, Ruanda, informou a CNN.
O medicamento já havia sido aprovado em 2022 para o tratamento de infecções específicas por HIV e, em estudos voltados à prevenção, demonstrou reduzir drasticamente o risco de infecção, oferecendo proteção quase total contra o vírus.
“A primeira recomendação é que o lenacapavir, uma injeção de ação prolongada, seja oferecido como mais uma opção de prevenção para pessoas em risco de HIV, como parte de uma estratégia combinada de prevenção. Trata-se de uma recomendação forte, com nível moderado a alto de certeza nas evidências”, explicou Doherty.
Outra recomendação
A segunda diretriz recomenda o uso de testes rápidos, como os testes caseiros, para triagem de HIV no início, durante ou ao interromper o uso de medicamentos de prevenção de longa duração, conhecidos como profilaxia pré-exposição (PrEP).
“Essas novas recomendações foram pensadas para aplicação no mundo real. A OMS está trabalhando de forma próxima com os países e parceiros para apoiar a implementação”, afirmou a Dra. Meg Doherty, diretora do Departamento de Programas Globais de HIV, Hepatites e Infecções Sexualmente Transmissíveis da OMS, durante uma coletiva de imprensa.
Novas mortes
Um relatório da ONU divulgado na quinta-feira (11) alerta que milhões de pessoas podem morrer por causas relacionadas ao HIV até 2029 caso o financiamento dos programas desapareça de forma permanente. Leia mais no sonoticiaboa
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