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segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Após TJ-BA receber selo do CNJ, STF defende adoção de linguagem simples em tribunais do Brasil

Por Camila São José / Victor Hernandes
Foto: Camila São José / Bahia Notícias
A coordenadora de multimeios do Supremo Tribunal Federal (STF), Fábia Galvão, defendeu, nesta segunda-feira (21), o novo método de comunicação e a inclusão de toda população nos debates das autarquias do judiciário brasileiro.

A declaração de Fábia chega após os Tribunais de Justiça e Regional Eleitoral da Bahia, TJ-BA e TRE-BA, aparecerem na lista dos 49 órgãos do Poder Judiciário que receberam o Selo da Linguagem Simples, na última quarta-feira (16).

“O Tribunal de Justiça da Bahia com certeza está saindo na frente, porque essa história da linguagem simples é um caminho sem volta. É a única forma que a gente tem de se conectar à população, é a principal eu diria, para que a população se sinta sujeita de direitos, para que a população entenda que esse é um lugar ao qual ela pode recorrer, que ela faz parte. Esse é um trabalho de formiguinha, é um trabalho de todos os dias, não é um trabalho só da comunicação, é um trabalho que precisa sensibilizar toda a gestão, todos os gabinetes, todo mundo que trabalha aqui. Então é lindo ver que tem tantos movimentos em favor de uma linguagem simples que é mais inclusiva e que faz a diferença“, destacou Galvão durante entrevista à imprensa no I seminário de linguagem simples, no TJ-BA, em Salvador.

A coordenadora do STF explicou ainda que profissionais do setor precisam desconstruir o preconceito acerca da linguagem simples, que seria uma conexão entre os órgãos do judiciário e a população.

“Primeiro, a linguagem simples não é simplista. Então é preciso desconstruir esse preconceito e entender que a linguagem simples é uma ponte muito estratégica para que as pessoas se conectem ao judiciário de uma forma em que elas ainda não estão“, considerou.

Fábia comentou ainda sobre o impacto da revolução digital na forma dos tribunais do país se comunicarem com o público.

“Exigiu dos tribunais, vem exigindo que ressignifique suas abordagens, seu olhar sobre a sociedade, sua forma de se representar, a forma de representar a própria população. Então eu chamo de caminho sem volta”, completou.

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