Os invasores desviaram R$ 15 milhões, dos quais cerca de R$ 10 milhões foram recuperados pelo Tesouro Nacional com apoio da PF e do Banco Central
Foto: Agência Brasil
Um terceiro suspeito de ter promovido o ataque ao sistema de pagamento da administração federal, o Siafi, em março e em abril deste ano, foi preso pela Polícia Federal, nesta sexta-feira (23). De acordo com a PF, a prisão ocorreu em Vitória da Conquista (BA). O suspeito também teve o celular apreendido.
Outros dois suspeitos haviam sido presos na quarta-feira (21), quando a PF deflagrou a operação Gold Digger. Eles foram detidos em Minas e Rio de Janeiro, e a pessoa presa nesta sexta não havia sido localizada. Nenhum nome foi divulgado, pois a investigação corre sob sigilo.
Os invasores furtaram credenciais de funcionários do governo na plataforma gov.br e usaram as senhas para autorizar os pagamentos via Pix. Os investigados poderão responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático, furto qualificado mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Os invasores desviaram R$ 15 milhões em recursos públicos, dos quais cerca de R$ 10 milhões foram recuperados pelo Tesouro Nacional com apoio da PF e do Banco Central. O caso foi revelado pela Folha em 22 de abril. Ao todo, a polícia identificou tentativas de desvio de mais de R$ 50 milhões por meio de um “esquema de alta complexidade”.
A investigação mira 16 pessoas e três empresas envolvidas na ação. Entre os alvos de busca e apreensão estão um servidor público vinculado ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), além de titulares de contas para as quais os recursos foram transferidos. Já os detidos são membros de empresas de certificação digital que emitiram credenciais falsas usadas nos desvios.
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