Por Folhapress
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Moradores de ao menos oito estados e do Distrito Federal sofrem nesta segunda-feira (26) com ar insalubre por causa da fumaça de incêndios dos últimos dias, e algumas regiões estão com os níveis máximos de poluição.
As informações são do site IQAir, com sede na Suíça, que exibe dados de qualidade do ar a partir de estações em todo o mundo. A mancha de poluição do ar se estende do extremo oeste do Amazonas e passa por áreas de Acre, Rondônia, Pará, Tocantins, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais, chegando a São Paulo.
Às 12h50, dados da plataforma indicavam Porto Velho como a cidade com o ar mais poluído do país, no nível "muito insalubre" —o segundo pior na escala. Em seguida vêm Rio Branco, Manaus, Recife e São Paulo.
Já a plataforma Selva, desenvolvida e mantida pela Universidade do Estado do Amazonas e a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos, apontava o registro de 158,4 microgramas por metro cúbico de partículas finas (PM2,5) no ar em porto Velho, às 12h30. Segundo os padrões do Conselho Nacional do Meio Ambiente, esse é o nível péssimo, o pior na escala.
Na última semana, moradores da capital de Rondônia relatavam dificuldade de respirar, mesmo dentro de casa, por causa da intensa fumaça.
De acordo com dados de satélite do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Rondônia registrou no mês passado seu pior julho de incêndios florestais em 19 anos, com 1.618 focos identificados. A situação segue piorando, com 2.114 focos já registrados de 1° a 19 de agosto.
Nesta segunda, o céu de Brasília voltou a amanhecer coberto por fumaça causada pelos incêndios florestais. A situação ocorre desde a manhã de domingo (25), quando a névoa encobriu o horizonte na capital federal.
Uma das cidades em SP que têm sido atingidas por queimadas, Ribeirão Preto apresentava boa qualidade do ar às 12h desta segunda, conforme dados de monitoramento da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). A previsão do tempo indica que as temperaturas já devem voltar a subir a partir desta terça (27), o que mantém o alerta para novos focos de incêndios na região.
Partículas finas e gases poluentes da fumaça de queimadas irritam as vias respiratórias e podem exacerbar doenças preexistentes, como asma e bronquite. Os danos se intensificam de acordo com o tempo de exposição, mas é possível ter alterações agudas no pulmão respirando esses poluentes por apenas um dia, dependendo da quantidade.
Para evitar ou mitigar os impactos da exposição é recomendado usar máscaras de proteção e soro fisiológico para hidratar as mucosas e combater os efeitos do ar seco e poluído.
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