Prefeitos de cidades que sofrem eventos extremos, como inundações, têm mais chances de reeleição, segundo pesquisa
Por Amanda Audi / Edição: Mariama Correia
Pela primeira vez, uma pesquisa analisou dados dos 5.570 municípios brasileiros para medir como os desastres naturais impactam as eleições. Os dados revelam que o prefeito tende a ter mais chances de se reeleger caso o seu município sofra com uma grande seca ou inundação, por exemplo, durante o ano eleitoral. Mas, se o incidente ocorrer em outros anos do mandato, suas chances diminuem consideravelmente. Por Agência Pública
Depois de um desastre, o prefeito de uma cidade afetada declara estado de calamidade pública – um mecanismo que permite o recebimento de dinheiro e perdão de dívidas pelo governo federal, para que possa tomar medidas de emergência. Se isso acontece em ano de votação, os caixas da cidade se enchem e são grandes as chances de as ações de reparo se tornarem visíveis para a população justamente no período próximo à campanha eleitoral. É como se o prefeito estivesse “fazendo o seu trabalho” aos olhos dos munícipes, e por isso merecesse ganhar votos.
Em outros anos, porém, a memória das ações e obras se dilui e é mais fácil que a população se lembre das dificuldades do momento do desastre e posterior reconstrução da cidade. Com isso, os eleitores tendem a “punir” o gestor municipal nas urnas.
O estudo mostra que, em 2016, a chance de um prefeito ter sido reeleito aumentou em 447% caso o seu município recebesse alguma declaração de emergência. Mas eles perdiam 83% das chances caso uma grande inundação (o pior evento em termos de impacto, segundo o estudo) ocorresse na cidade fora do ano eleitoral. Leia tudo no jornalalerta
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