PF não vê relevância em celular de Bolsonaro
Foto: Pedro França / Agência Senado
A Polícia Federal avançou na análise de dados dos celulares apreendidos com o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Investigadores relataram ao blog que, a partir de agora, vão direcionar o foco em dispositivos de duas figuras do círculo íntimo de Bolsonaro: o advogado Frederick Wassef e Jair Renan, filho caçula do ex-presidente.
A avaliação é que os celulares de Wassef e Jair Renan podem ampliar e dar novos rumos às investigações que já são conduzidas pela PF.
Advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef foi alvo de busca e apreensão na última semana. Ele é investigado por suposta participação no esquema de venda e recompra de relógios recebidos por Bolsonaro em viagens oficiais pela Presidência.
Quatro aparelhos celulares foram apreendidos com Wassef. Um dos dispositivos era utilizado exclusivamente pelo advogado para conversar com Jair Bolsonaro.
Segundo investigadores ouvidos pelo blog, a perícia nos celulares de Frederick Wassef já começou, mas o volume de dados ainda é um desafio. O material soma mais de 1 terabyte — unidade de armazenamento de dados digitais, equivalente a 1024 gigabytes.
O volume identificado é um sinal para os investigadores de que dados extraídos nos dispositivos poderão abastecer os inquéritos abertos na PF.
Além dessa análise, a Polícia Federal também trabalha para obter acesso aos dispositivos apreendidos com Jair Renan Bolsonaro na manha desta quinta-feira (24). O filho caçula de Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal que investiga um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
Um celular e um HD foram apreendidos em dois endereços de Jair Renan, em Brasília e em Balneário Camboriú (SC). A PF pedirá compartilhamento do material.
Ao blog, investigadores também afirmaram que foi concluída a análise dos dados do aparelho celular apreendido com o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro. O dispositivo foi obtido pela PF em maio, na operação que apura supostas fraudes em cartões de vacinação de Bolsonaro e aliados.
A conclusão dos investigadores é que o celular não trouxe informações relevantes para as apurações conduzidas pela PF. Na prática, isso significa que o dispositivo será “descartado” para os inquéritos.
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