Documento das Forças Armadas fala em perdas salariais e sustenta que vencimento não tem reajuste desde 2016
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Militares encaminham pedido de reajuste de pelo menos 9% de seus soldos pelo Ministério da Defesa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A reivindicação faz parte da estratégia de revalorização dos integrantes da carreira traçado na Ordem Fragmentária n.º 1, publicada recentemente pelo comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva.
As Forças Armadas haviam entregue ao Ministério da Defesa estudos que recomendavam o aumento de 20% a 25% do soldo – a remuneração do militar é composta do soldo e por adicionais. Sob o argumento que o soldo – parte da remuneração devida ao posto dos oficiais e à graduação dos praças – estava sem reajuste desde 2016, os chefes das três Forças pretendiam corrigir uma distorção, segundo eles, criada em 2019 durante a reestruturação das carreiras.
Naquele ano, conforme o Estadão, gratificações e adicionais foram reajustados e expandidos aos oficiais e praças com cursos e especializações. Também foi aumentada a contribuição previdenciária, o tempo de serviço e foi acertado a redução dos efeitos a fim de diminuir o impacto financeiro final. O problema criado nas Forças atingiu principalmente os terceiros-sargentos e os tenentes formados nas escolas militares. Esses profissionais não têm curso algum e demoram de 8 a 12 anos para realizar o primeiro. Todos, portanto, ficaram sem nenhum aumento em 2019 e ainda viram a contribuição para a previdência aumentar.
Como último argumento, os militares usaram a aprovação na semana passada da medida Provisória 1170/23 que reajustou em 9% os salários e aposentadorias dos funcionários públicos federais civis e pediu que o mesmo tratamento fosse estendido ao soldo dos militares. Foi essa proposta que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, disse aos generais que levaria ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário