Foto: Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avisou a auxiliares e integrantes do Judiciário que pretende decidir primeiro quem indicará para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e só depois, o substituto da ministra Rosa Weber no STF. A ordem cronológica tem um motivo: evitar a ascensão de um “estranho” ao comando interino da PGR. As informações são da coluna de Igor Gadelha do portal Metrópoles.
O mandato do atual procurador-geral da República, Augusto Aras, acaba em 23 de setembro. Caso Lula não indique um sucessor a tempo de o Senado aprovar a indicação até lá, quem assumirá a chefia da PGR interinamente será o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), escolhido pela categoria.
Diante desse cenário, Lula foi aconselhado por auxiliares e aliados próximos a enviar a indicação do sucessor de Aras já no início de setembro. A ideia é dar tempo suficiente para que o Senado aprove o nome do indicado antes do término do mandato de Aras, para que o escolhido assuma o cargo logo após 23 de setembro.
Atual presidente do Supremo, Rosa Weber só deve se aposentar da Corte no final de setembro, dias antes de completar 75 anos (2 de outubro), idade da aposentadoria compulsória. Com isso, Lula avalia que terá tempo suficiente para definir primeiro a PGR e só depois o substituto de Rosa no STF.
Embora venha sinalizando que não deverá reconduzir Aras na PGR, Lula deixou claro a auxiliares que pretende ouvir o atual procurador-geral da República sobre sua sucessão, como a coluna noticiou em 25 de julho. A conversa entre eles, segundo ministros do Palácio do Planalto, deve ocorrer nas próximas semanas.
Ao menos dois subprocuradores despontam como favoritos para suceder Aras: Antônio Carlos Bigonha e Paulo Gonet. O primeiro tem apoio de uma parcela expressiva do PT. Já o segundo é apoiado pelos ministros do STF Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, com quem Lula jantou na terça-feira (1º/8).
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