A defesa do ex-ministro entrou com pedido para que ele seja ouvido como investigado, não como testemunha e possa ficar calado
Foto: Lúcio Bernardo Jr / Agência Brasília
De acordo com o Metrópoles, a defesa de Anderson Torres entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que o ex-ministro de Jair Messias Bolsonaro (PL) tenha o direito de depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro na condição de “investigado”. Desta forma, seria garantido a ele, se o pedido for aceito, o direito constitucional ao silêncio.
Na ação apresentada ao STF, o advogado de Torres, Eumar Novacki, pede para que seja salvaguardado o direito de Torres ao silêncio nos questionamentos que, porventura, possam acarretar em autoincriminação e que lhe seja garantida a “faculdade” de responder a perguntas que, eventualmente, não estejam no escopo da CPMI.
Ainda segundo o Metrópoles, apesar do pedido, que ainda será analisado pelo Supremo, a defesa conversou com o Metrópoles e garantiu que Torres não vai atuar como outros depoentes da CPMI. O ex-secretário de Segurança do DF pretende responder às perguntas dos parlamentares. Se tiver o direito concedido ao silêncio, vai optar em fazê-lo em poucos casos. O ex-ministro será confrontado pelos parlamentares na próxima terça-feira (8) e, a convocação de Torres para prestar esclarecimentos ao colegiado foi aprovada em junho.
Pessoas próximas a Torres relatam que o delegado da Polícia Federal vê o depoimento como uma oportunidade de explicar seu ponto de vista sobre os fatos investigados. Ele responderá a questionamentos duros sobre a suspeita de ter sido omisso ou ter participação direta ou indireta nos atos que levaram à depredação dos prédios dos Três Poderes em Brasília.
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