Moradores de Itajuípe relataram terem sido vítimas de um golpe aplicado pelo dono de uma vidraçaria da cidade, que ofereceu serviços, recebeu dinheiro dos clientes, e fugiu sem entregar os produtos. Os casos são investigados pela Polícia Civil da cidade. A recepcionista Jéssica Souza conta que pagou, à vista, R$ 1,7 mil por porta, janela e box de vidro que deveriam ser instalados na casa dela. Ela conta que fez o pagamento em julho deste ano, e não recebeu a mercadoria. Além disso, no início de novembro, a loja fechou e ela não consegue mais encontrar o responsável. "A última vez que eu consegui falar com ele [dono] foi no dia 6 de novembro, uma sexta-feira, e ele disse que o material chegaria à tarde. Quando foi no sábado (7), vizinhos dele disseram que ele parou o caminhão na porta, colocou tudo em cima do caminhão e foi embora", relatou. A auxiliar de produção Bianca Ribeiro é cunhada de Jéssica e também foi vítima do golpe. No mês de agosto, ela pagou R$ 1,2 mil para ter uma porta de vidro em casa. "A gente trabalha bastante para ter as coisas, e acontece isso. É triste", revelou. Segundo as vítimas, a vidraçaria funcionava na cidade há três anos. No site da Receita Federal, consta que a empresa tem CNPJ e que foi aberta em fevereiro de 2018, como microempresa. Os moradores de Itajuípe que contrataram o serviço revelaram que, ao tomar conhecimento de que a vidraçaria tinha sido fechada, resolveram registrar boletim de ocorrência na delegacia o município. "Ele [dono] me garantiu que de 20 dias a um mês chegavam os produtos, e que eu precisa pagar logo para ele entregar o box. Paguei à vista e, quando liguei, uma moça atendeu dizendo que estavam faltando uns kits, que não tinham chegado por causa da pandemia", revela a dona de casa Maria Raimunda Torres, também vítima do golpe. Na delegacia, a polícia informou que além dos moradores de Itajuípe, residentes de outros municípios da região registraram ocorrência na unidade policial, alegando serem vítimas do mesmo golpe da vidraçaria. "Já temos seis ocorrências. Temos informações de pessoas também de outras cidades aqui perto, como Almadina. Lá, uma senhora contratou os serviços dele, pagou R$ 2,2 mil, à vista. Todas as vítimas aqui de Itajuípe também pagaram à vista e, no calar da noite, o rapaz identificado como Elinaldo evadiu com seus familiares, e isso configura um crime de estelionato", explica o delegado Marlos Macedo, que investiga o caso. delegado informou ainda que o modus operandi de alguns estelionatários é se instalar na cidade, fazer clientes, entregar alguns dos trabalhos, mas quando consegue conquistar uma clientela, acaba aplicando o golpe. "Isso é muito comum. Em cidades grandes, como Itabuna, já investiguei muitos casos relacionados, iguais a esse. Agora é concluir a investigação", concluiu o delegado. (TV Santa Cruz)
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