Foto: Ministério da Saúde
Menos da metade dos testes para diagnóstico da Covid-19 realizados no Brasil são do tipo que identifica se o vírus está ativo no organismo. Um levantamento realizado pelo G1 mostra que o Brasil fez mais de 11 milhões de testes de Covid-19 desde o início da pandemia. Deste total cerca de 40% são do tipo RT-PCR.
Reportagem do Jornal Hoje ouviu especialistas que apontam que a testagem no Brasil não é eficaz. Eles atribuem a ineficência ao fato de que no Brasil se faz mais testes sorológicos, que identificam quem já teve o vírus, do que exames RT-PCR. É só a partir desse segundo tipo que é possível identificar as infecções e rastrear contatos, ressalta a matéria.
O exame RT-PCR faz uma análise de amostra do material genético coletado na narina e garganta do paciente para detectar a presença ou não do vírus ativo no organismo dela. Esse métódo de diagnóstico precisa de uma máquina específica de laboratório. Enquanto os testes sorológicos existem em vários tipos, com metodologias distintas.
A reportagem ainda traz que a explicação da pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Tatiane Moraes. Segundo a especialista, no caso dos testes sorológicos se olha o passado. "Pode ser há um mês atrás, há duas semanas atrás, a gente não sabe", disse Moraes em entrevista ao Jornal Hoje. "A gente não vê, a gente não identifica uma política de testagem. Quando a gente fala de política de testagem – é qual é a prioridade de teste. O tipo de teste e qual a prioridade por grupo que deve ser testado", disse.
A especialista ainda acrescenta que esse tipo de teste não é indicado para controlar a pandemia e serve como um registro de quem já se infectou.
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