Até o dia 2 de junho, o município de Poções, no Sudoeste baiano, não registrava nenhum caso de coronavírus. Menos de um mês depois, a cidade onde vivem, em média, 48 mil habitantes tem 105 notificações da doença e 5 mil novos moradores.
Os ônibus vindos da região Sudeste do Brasil com nativos desempregados ou em permanência por tempo limitado são a principal razão do inchaço populacional e do boom de covid-19. Como Poções, outros municípios do interior baiano veem, a cada desembarque, os registros aumentarem.
Os coletivos, clandestinos ou legalizados, começaram a chegar ao interior da Bahia em abril. Hoje, as cidades recebem até 10 ônibus semanalmente. É o caso de Poções, como contou, por telefone, o vice-prefeito Jorge Lemos. A rodoviária está fechada e os nativos desembarcam em três das 20 entradas da cidade. Equipes de saúde checam a temperatura e passam a monitorar casos suspeitos.
“Não tinha caso nenhum, estávamos conseguindo controlar, até que a quantidade foi ficando maior e o crescimento foi muito grande”, narra o vice-prefeito.
O primeiro caso de covid-19 foi registrado depois que uma pessoa, próxima a um nativo recém-chegado de São Paulo, participou de uma festa de aniversário. Após a comemoração – desrespeitando a recomendação de isolamento social -, 35 dos 40 convidados saíram contaminados. A pessoa que havia retornado da capital paulista também testou positivo para a doença naquela mesma semana.
Nos últimos três meses, 13 mil pessoas chegaram a Poções e a prefeitura estima que 5 mil tenham permanecido. “O comércio está fechado, mas as pessoas continuam chegando. Fazemos cadastro de todas elas para poder acompanhar”, relata Jorge Lemos. Leia mais em https://blogdovalente.com.br/coronavirus
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