por Gabriela Icó / Rebeca Menezes
O sistema de saúde baiano teria entrado em colapso nesta sexta-feira (22) se a quantidade de leitos no estado não tivesse sido ampliada. Isso é o que mostram os dados dos boletins epidemiológicos divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).
De acordo com levantamento feito pelo Bahia Notícias, no dia 29 de abril, primeira vez em que foi divulgado o número total de vagas no boletim oficial, havia 467 leitos clínicos e 318 de Unidades de Terapia Intensiva, totalizando 785 em todo estado. Menos de um mês depois, neste dia 22 de maio, os leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) têm 783 pacientes internados, 392 deles na UTI. Ou seja, a essa altura, a Bahia teria disponível apenas duas vagas a mais para receber pacientes leves e 74 pacientes estariam aguardando uma vaga na UTI.
Em comparação ao número de internados, as vagas de UTI teriam acabado no dia 18 de maio, caso fosse mantida a quantidade inicial de leitos.
Porém, a ocupação do sistema público de Saúde baiano está em apenas 53% nesta sexta - 65% quando consideradas apenas as vagas de UTI. Isso é possível porque, em menos de um mês, o estado quase dobrou o número de leitos destinados exclusivamente aos casos da Covid-19.
De acordo com o boletim desta tarde, houve um aumento de 679 leitos desde o dia 29 de abril: o total foi ampliado para 1.464 vagas, sendo 596 delas de UTI, o que impediu o colapso prematuro.
A intenção do Governo do Estado é criar ao todo 1.300 novos leitos para tratar casos da Covid-19, além dos que já existiam antes da pandemia. A prefeitura de Salvador também tem investido na ampliação do atendimento: o hospital de campanha montado no Wet’n Wild, por exemplo, conta na primeira fase com 50 vagas de UTI e 40 de enfermaria.
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