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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Ações afirmativas do Bahia ganham destaque no 'The Guardian'

Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia/BN
As recentes ações realizadas pelo Bahia voltadas para questões sociais ganharam destaque no "The Guardian", da Inglaterra. Com o título de "Como o Bahia se tornou o clube de futebol mais progressista do Brasil", a matéria deu foco para as camisas manchadas de óleo, em referência ao vazamento nas praias do Nordeste.

Além da mais recente ação do clube, o tablóide citou as pautas do Núcleo de Ações Afirmativas, que buscam a inclusão das minorias, como negros, LGBTQI e mulheres.

Foto: Reprodução / The Guardian
Em entrevista, o presidente Guilherme Bellintani falou sobre o momento de crise que o clube viveu anos atrás, antes da intervenção. 

"O clube foi efetivamente administrado por três famílias ou personalidades por décadas. “Todos eles tinham características muito semelhantes: antidemocráticas e populistas. Eles acumularam muita dívida e seus projetos foram de curto prazo", declarou.

Outro personagem da matéria foi o goleiro Douglas Friedrich, que valorizou as ações e a importância do clube para a sociedade.

"É algo novo em nosso ambiente de trabalho, mas acredito que a Bahia já influenciou outros clubes. Espero que, como jogadores, possamos crescer e ser mais ativos nessas questões. Nem todo mundo estará preparado para se posicionar, ou pode não concordar, em determinadas questões. Mas, pessoalmente, isso me motiva. O futebol conecta pessoas que têm o objetivo de fazer o bem", indicou.

Roger Machado, um dos dois técnico negros da Série A do Campeonato Brasileiro, também foi destaque. Ele falou sobre a sua declaração contra o racismo após o jogo contra o Fluminense, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.

“Acordei com um sentimento tão grande de pertencer a Salvador. A Bahia [o estado] e a Bahia [o clube] me capacitaram, me deram a coragem de fazer essa declaração [contra o racismo]. Ser inserido nesse contexto realmente me ajudou a responder à questão dessa maneira. Se, no final do livro da minha vida, estiver escrito: 'Esse indivíduo ajudou a construir o esporte, mas, acima de tudo, ajudou a usar o esporte como uma ferramenta de transformação', poderei morrer em paz", indicou.

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