Que refrigerantes e sucos de caixinha são ricos em açúcar não é novidade. Porém, o Ministério da Saúde pediu à Receita Federal um aumento no imposto para taxar estas bebidas doces com o objetivo de barrar o crescimento da obesidade no Brasil. De acordo com informações do UOL, A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda que as bebidas fiquem 20% mais caras para desestimular seu consumo, associado também a outras doenças como diabetes, câncer e problemas cardiovasculares e dentários - ou seja, se uma lata custar R$ 4, ela passaria a custar R$ 4,80.
Esse aumento poderia ser compensado com subsídios para compra de frutas e vegetais, reduzindo o custo destes alimentos entre 10% e 30% com o intuito de aumentar o consumo de produtos naturais em detrimento daqueles industrializados. “A diminuição do consumo de bebidas açucaradas significa uma menor ingestão de ‘açúcares livres’ e calorias no geral, uma melhor nutrição e menos pessoas sofrendo com sobrepeso, obesidade, diabetes e cárie dentária”, divulgou a OMS em nota. O estudo indica ainda que alguns grupos de pessoas responderiam melhor às mudanças de preços nos produtos e estariam mais dispostos a adequar sua alimentação. Entre eles estão pessoas com baixo rendimento, jovens e aqueles que consomem alimentos e bebidas pouco saudáveis com frequência.
A Coca-Cola, maior fabricante do país, é contra qualquer tipo de aumento de tributos e defende outras medidas para a redução da obesidade. Para a Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes), que representa os grandes produtores, "imposto não fabrica saúde". A Afrebras (Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil) é a favor da elevação dos tributos desde que o aumento seja igual para todos, inclusive os que não recebem incentivos fiscais regionais. Vale lembrar que a obesidade é causada por múltiplos fatores, inclusive genéticos, e que ser gordo não é sinônimo de estar doente. A pessoa acima do peso "padrão" pode apresentar regularidade em todas as taxas do organismo.
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