Magno Malta passou de braço direito, de homem das orações, de amigo de fé e irmão camarada a uma possível pedra no sapato de Jair Bolsonaro. Antes que a gritaria contra seu nome começasse, foi descartado.
O fato de ter emplacado sua assessora, Damares Alves, como ministra Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos não lhe serve de consolo, mas a ele ainda está prometida “outra função”, segundo as palavras do seu capitão.
Malta tentou bancar o espertalhão, fez o que o pessoal do Congresso faz o tempo inteiro, mas não foi claro com seu chefe e foi ‘desmascarado’, se transformou em enganador.
Bolsonaro não gostou de saber que o amigo fez viagens no jatinho do empresário Eraí Maggi para aproxima-lo da campanha do PSL e que abriu sua fazenda para encontros com ruralistas. Magno Malta se antecipou ao negociar o Ministério da Agricultura e se equivocou ao achar que seu poder não seria contestado. Cometeu um erro primário: acreditou no que lhe foi prometido por um político em campanha.
E ele tem no currículo aquele episódio horrível que sempre volta à tona quando aparece: o do cobrador Luiz Alves de Lima, de Vitória, que foi preso e sofreu todo tipo de barbaridades na prisão depois de ser acusado de pedofilia por Malta em 2010. Não era verdade, a Justiça demorou uns anos e absolveu Alves. Isso não pegaria nada bem para a imagem do governo.
E como se não fosse suficiente, a família e os militares, que formam o poderoso duo de aconselhamento de Bolsonaro não o querem por perto.
Magno Malta ficou a ver navios porque ele é Magno Malta.
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