Foto: Mariana Bazo / Reuters
No fim do ano passado, órgãos envolvidos na Lava Jato entraram em disputa pela menina dos olhos dos peritos - a análise de 54 terabytes dos sistemas Drousys e MyWebDay, da contabilidade paralela da Odebrecht. Em setembro, o juiz Sergio Moro determinou a realização da perícia. Durante um mês, o Setec (Setor Técnico-Científico) da PF (Polícia Federal) do Paraná, a PGR (Procuradoria-Geral da República), o MPF-PR (Ministério Público Federal do Paraná) e o Ginq (Grupo de Inquéritos do Supremo Tribunal Federal) da PF de Brasília debateram sobre quem ficaria responsável pelo extenso trabalho. Ao final, Moro decidiu que a perícia ficaria a cargo da PF do Paraná. Assim, a equipe precisou se deslocar até Brasília para copiar os discos, que estavam sob posse da PGR desde o início de 2017. A entrega do material pela Odebrecht, originalmente arquivado em servidores na Suécia e na Suíça, foi exigência dos acordos de colaboração e leniência firmados com o órgão. Desde o início de novembro, quando começou a análise, foram cerca de quatro meses, oito peritos e muitas horas extras para entregar as 321 páginas do laudo. O chefe do Setec, Fábio Salvador, disse à reportagem que a decisão de Moro foi consciente de que a PF-PR apresentava melhores condições de construir um modelo de trabalho que garantisse a integridade da prova. Leia mais...
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