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Entre as diversas linhas de pesquisa na luta contra o câncer, a que mais tem ganhado espaço é a imunoterapia, que estimula o próprio sistema imune do corpo a combater a doença. Vacinas e até géis estão sendo testados com esse objetivo. Agora, um novo estudo encontrou outra maneira eficaz de fazer com que as células imunológicas do organismo chamadas de Invariant natural killer T (iNKT) ataquem o tumor.
As células iNKT fornecem ao sistema imunológico munição crucial na luta contra infecções e doenças como câncer, lúpus e esclerose múltipla. Estudos anteriores mostraram que certos compostos ativavam as células iNKT em humanos, mas elas desencadeavam uma reação imune conflitante: enquanto algumas estimulavam a resposta de outro tipo de célula imune chamada citocinas, outras a inibiam.
Mas agora, pesquisadores da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, descobriram uma maneira de contornar este enigma, projetando um composto para que ele apenas ative as células imunes e não as iniba. O composto é chamado AH10-7 e foi desenvolvido de forma que, seletivamente, atinja apenas um certo tipo de citocina que combate o tumor: as citocinas Th1.
Os cientistas testaram o AH10-7 em camundongos geneticamente modificados para replicar a resposta de células iNKT humanas. Os resultados, publicados na revista Cell Chemical Biology, mostraram que o composto foi bem-sucedido em impedir que células do melanoma, tipo de câncer de pele, crescessem e se espalhassem nos animais.
A ideia é que os estudos avancem e o composto seja conhecido por outros pesquisadores. "Estamos fornecendo protocolos para que outros cientistas possam projetar moléculas relacionadas que induzam respostas desejadas das células iNKT", diz Amy Howell, que conduziu o estudo. https://noticias.bol.uol.com.br
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