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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Reforma ‘obriga’ políticos a buscarem novos ninhos e especulações ganham força

por Fernando Duarte
Foto: Oriana Zamboni/ Câmara dos Deputados
O esboço de reforma política que tende a ser aprovado no Congresso Nacional não deve mudar muito o sistema, porém tem provocado uma série de tensões entre os candidatos para as eleições de 2018, em especial àqueles que devem tentar o Legislativo. Até o momento, o relatório da Comissão Especial da Reforma Política apontou que um dos caminhos a seguir inclui o fim das coligações para as eleições proporcionais, o que restringe sensivelmente as possibilidades de eleição ou reeleição por siglas menores. Tanto que começam a aparecer sinais de mobilizações de parlamentares em busca das órbitas das legendas maiores. No caso da Bahia, o PMDB cambaleante pela prisão de Geddel Vieira Lima e a saída de Lúcio Vieira Lima de cena, ainda que temporária, tem sido o maior alvo de especulações como destino de deputados. Para ficar no campo das suposições, nomes como Arthur Maia (PPS), Antônio Imbassahy (PSDB) e Benito Gama (PTB) foram citados pelo prefeito de Vitória da Conquista, Herzém Gusmão, como potenciais neopeemedebistas. Até o momento, nenhum deles falou oficialmente sobre o assunto, porém a bolsa de apostas dos bastidores aponta que Maia e Imbassahy estariam mais propensos a trocar de partido, sob justificativas distintas. Controlando o PPS no estado, um nanico do ponto de vista das urnas baianas, Maia estaria com receio do fim das coligações proporcionais, o que prejudicaria a reeleição dele. Já o ministro Imbassahy sabe que não possui mais clima para permanecer no PSDB, diante dos embates públicos entre os tucanos que desejam permanecer com o governo de Michel Temer, grupo ao qual ele pertence, e aqueles que almejam o afastamento total do peemedebista, entre eles o presidente do partido na Bahia, João Gualberto. Ambos namoram, nos bastidores, com o PMDB e, além de aguardarem a reforma política, devem esperar também um encaminhamento do processo dos irmãos Vieira Lima. No campo dos aliados ao governador Rui Costa, um dos exemplos é o do deputado Marcelo Nilo, que vai tentar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2018. Ainda que presida o PSL na Bahia, já é pública a movimentação dele em busca de uma outra legenda, com maior musculatura para tentar a vaga no Congresso. Até o fim da janela partidária, que deve ser aberta com qualquer alteração feita na legislação eleitoral, muitos outros nomes devem surgir como potenciais migrantes de partido. BN

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