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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Em carta escrita em 1935, Freud negou possibilidade de cura gay

Conteúdo da Folha de S. Paulo
Em 1935, o pai da psicanálise, Sigmund Freud, recebeu a carta de uma mãe aflita lhe perguntando se poderia ajudar seu filho homossexual a deixar de se atrair por pessoas do mesmo sexo. O pai da psicanálise foi enfático na resposta: “não podemos prometer esse resultado”.

O manuscrito tem sido compartilhado nas redes sociais em protesto contra liminar do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da 14ª Vara do Distrito Federal, que deu, na última sexta-feira (15), aval a terapias de “reversão sexual”. Tal prática é proibida pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia) desde 1999. A entidade se manifestou contra a liminar.

A decisão deu origem a uma série de memes nas redes sociais e reações indignadas. “Não apenas Freud, mas vários estudos mostram que nada pode alterar a natureza do desejo sexual”, diz o psicólogo Klecius Borges. “Há tentativas nesse sentido baseadas em princípios religiosos, mas o que muda é o comportamento da pessoa. Há uma diferença grande entre comportamento e desejo sexual”, completa.

Na carta, Freud ainda tenta convencer a mãe, cuja identidade foi rasurada no escrito original, de que não há nada de errado em seu filho ser homossexual. “Homossexualidade não é nenhuma vantagem, mas ao mesmo tempo não é algo pelo qual deva se envergonhar. Não é um vício, uma degradação e nada que possa ser classificado como uma doença.”
Leia a tradução da carta de Sigmund Freud. Leia Mais »

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