por Mary Zaidan
A segunda denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Michel Temer e seus asseclas traça uma história factível, que nem mesmo surpreende por ser quase totalmente conhecida pelos sucessivos vazamentos de delações. A novidade ficou por conta do alinhavo, atribuindo-se a Temer a chefia de uma quadrilha. E aqui o grave pode ser gravíssimo: se isso for verdade – e até há indícios de que seja – Janot pode ter posto tudo a perder. Por vaidade e pressa. As duas coisas ou coisa pior.
Nas 235 páginas da peça, Janot enrosca 34 políticos a partir de depoimentos de 35 delatores, alguns deles, como o ex-senador Delcídio do Amaral e o polêmico Joesley Batista, desacreditados pelo Ministério Público Federal, e outras seis testemunhas. O afobamento foi de tal monta que nem se corrigiu o status de Lúcio Funaro, que aparece na denúncia sem ser identificado como colaborador. Leia Mais »
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