“Revolta vermos políticos eleitos pelo nosso voto legislando em causa própria. Agora, querem financiar suas campanhas com nosso dinheiro. Sou a favor, desse que devolvam, após eleitos, o que gastaremos. Quando concorremos a cursos superiores e a empregos, nós nos preparamos e pegamos até, se for o caso, empréstimos para custear os estudos, e depois pagamos a dívida.
Que os políticos façam o mesmo. Que peguem dinheiro emprestado em bancos ou com parentes, e depois da campanha paguem a dívida”. Este é o teor da carta do cidadão Mario Paulo Tiengo Goldstein, de São Pedro da Aldeia (RJ), publicada hoje na seção de cartas de um jornal diário do Rio de Janeiro. É realmente inconcebível que a Câmara dos Deputados esteja tão interessada em votar a Reforma Política, porém visando prioritariamente estabelecer o financiamento público para as eleições. E, pior ainda, todas as agremiações partidárias receberiam cotas da Fundo Partidário, dezenas delas sem nenhuma representação no Congresso Nacional, algumas sendo autênticos feudos familiares que se dividem na direção de minúsculos partidos, usufruindo o dinheiro público sabe-se lá de que forma. Se existe algo no Brasil que anda com prestígio em baixa não há dúvida que é a atividade política. Logo, que o povo– que é quem paga impostos que formam o dinheiro que financiaria as campanhas – menos quer financiar são as campanhas eleitorais. De nada adiantará os atuais partidos mudar de nome (PMDB para MDB, PTN para Podemos, ou PTdoB para Avante), porque para os eleitores será como mudar as moscas, mas o lixo continuar sendo o mesmo.
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